O mercado financeiro começa a operar finalmente no modo “fim de ano”, com a semana reduzida pelo feriado de natal, com agenda concentrada em dados nos EUA, inflação no Brasil e a típica redução de volume – e ritmo – dos ativos.
Em nível global, as tensões com o avanço da variante Ômicron cresce, ainda que o registro de óbitos seja limitado ao britânico de 70 anos, não vacinado e o número de lockdowns, restrições de viagens e medidas que possam afetar a atividade econômica crescem no hemisfério norte.
A chegada do inverno, o qual promete forte intensidade e o período natural das gripes assusta os governos e pela velocidade de transmissão da nova variante, há o temor de congestionamento dos sistemas de saúde, ainda que a maior parte dos infectados não desenvolve sintomas sérios.
Tal perspectiva mais restritiva de atividade econômica já começa tanto a reduzir a velocidade com que alguns países aceleram seus processos de aperto monetário, como já deflagrou alguns cortes de juros mundo afora.
A China reduziu sua taxa básica de juros pela primeira vez em mais de um ano e meio, apesar do aperto iminente da política monetária do Federal Reserve, que pesam sobre o sentimento dos mercados.
Mesmo que um possível cenário de juros altos nos EUA possa ser compelido a rever sua velocidade em meio às notícias sanitárias, o desenho por enquanto é do Federal Reserve reduzindo a compra e recompra de ativos, para deflagrar a normalização de juros em algum momento após o termino do processo.
Ainda nos EUA, O senador democrata Joe Manchin, centrista, diz que não votará no Build Back Better Act de Joe Biden, o que potencialmente mata o projeto de lei social e climático e dá a vantagem aos republicanos no tema, os quais já aprovaram o plano de infraestrutura, que tinha apoio bipartidário.
O sinal é fiscalmente positivo, ainda que demonstre que o governo Biden, ao se portar mais ligado aos projetos da ala progressista, pode ter dificuldade em usar a vantagem do Blue Wave nas eleições e perder ainda mais cadeiras.
A semana no Brasil conta com IPCA-15, dados do setor externo, coleta de impostos e custos de construção e na agenda de hoje, relatório Focus e indicadores antecedentes nos EUA.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores da reação dos governos à nova variante viral.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, enquanto a China corta a taxa básica de juros pela primeira vez desde abril de 2020.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o minério de ferro.
O petróleo abre queda em Londres e Nova York, com temores sobre a pandemia afetar novamente a demanda energética.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 19,43%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6858 / -0,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,187%
Dólar / Yen : ¥ 113,55 / -0,088%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,415%
Dólar Fut. (1 m) : 5696,49 / 0,18 %
Juros Futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 11,79 % aa (2,08%)
DI - Janeiro 24: 11,10 % aa (1,05%)
DI - Janeiro 26: 10,62 % aa (1,29%)
DI - Janeiro 27: 10,62 % aa (1,24%)
Bolsas de Valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,0392% / 107.201 pontos
Dow Jones: -1,4825% / 35.365 pontos
Nasdaq: -0,0708% / 15.170 pontos
Nikkei: -2,13% / 27.938 pontos
Hang Seng: -1,93% / 22.745 pontos
ASX 200: -0,16% / 7.292 pontos
ABERTURA
DAX: -1,924% / 15232,85 pontos
CAC 40: -1,112% / 6849,61 pontos
FTSE: -1,241% / 7179,69 pontos
Ibov. Fut.: -1,16% / 108561,00 pontos
S&P Fut.: -1,32% / 4549 pontos
Nasdaq Fut.: -1,488% / 15549,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -1,23% / 95,24 ptos
Petróleo WTI: -3,94% / $68,07
Petróleo Brent: -4,31% / $71,22
Ouro: 0,08% / $1.799,41
Minério de Ferro: 1,57% / $111,64
Soja: -0,33% / $1.282,00
Milho: -0,84% / $588,25
Café: -0,44% / $235,90
Açúcar: -1,73% / $18,83