Até agora, o mercado avaliava a questão da pandemia observando as atitudes tomadas nos EUA em relação aos possíveis lockdowns, com a promessa de Biden que nada em termos federais ocorreria a partir de sua posse em janeiro.
Eis que o fechamento das escolas em Nova York toma de assalto os investidores e renova os temores de que a economia pode novamente sofrer pesadas perdas com possíveis medidas mais duras de contenção da doença e que a segunda onde se formata cada vez mais como uma realidade.
É a esperança da vacina se chocando com as preocupações econômicas.
A Europa passa por uma série de protestos contra as novas restrições a locomoção e a inquietação social é uma preocupação a mais dentro do atual cenário, em que as soluções consideradas pouco equilibradas entre a economia e a pandemia trazem consequências pesadas.
Isto talvez ainda não signifique um ciclo intenso de correções dos ativos de mercado financeiro, afinal, a cada dia existem sinais renovados de vacinas funcionais e a expectativa de produção acelerada cresce a todo instante.
Porém, a possibilidade de dias mais voláteis é inevitável, conforme a segunda onda avança e assusta os governos, os quais sequer souberam lidar direito com o avanço da primeira onda e ainda sofrem as consequências econômicas do início deste ano.
Tudo se adiciona ao cenário da Fitch desenhado para o Brasil, com alertas mais do que conhecidos e repetidos à exaustão por analistas brasileiros sobre os riscos da questão fiscal, da busca incessante por uma fonte de financiamento de programas de renda mínima e do habitual mal hábito do político brasileiro.
“Nada de novo no Reino da Dinamarca”, porém quando o alerta vem de quem pode alterar para baixo a classificação de risco soberano do país, afundando ainda mais o país no Junk, aí ganha especial atenção dos agentes locais e tomara, da perdulária classe política.
Tudo isso vai na linha de uma pergunta que nos é feita constantemente pela imprensa: “Quanto tempo dura o bom humor” e nossa resposta sempre foi : “Impossível saber” e eis que a providencia sempre responde de forma igual.
Atenção hoje aos dados de vendas ao varejo divulgados no Reino Unido e de transações correntes na Zona do Euro e durante o pregão, dados do mercado imobiliário, auxílio desemprego, mercado imobiliário e indicadores antecedentes nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com fechamento das escolas em NY. Em Ásia-Pacífico,
mercados mistos, com esperança da vacina da Moderna.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com temores renovados de avanços da pandemia
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,88%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3632 / 0,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,194%
Dólar / Yen : ¥ 104,17 / 0,222%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,475%
Dólar Fut. (1 m) : 5319,07 / -0,89 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,17 % aa (-0,24%)
DI - Janeiro 23: 4,95 % aa (2,06%)
DI - Janeiro 25: 6,79 % aa (2,26%)
DI - Janeiro 27: 7,59 % aa (2,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,0532% / 106.119 pontos
Dow Jones: -1,1581% / 29.438 pontos
Nasdaq: -0,8214% / 11.802 pontos
Nikkei: -0,36% / 25.634 pontos
Hang Seng: -0,71% / 26.357 pontos
ASX 200: 0,25% / 6.547 pontos
ABERTURA
DAX: -1,046% / 13063,80 pontos
CAC 40: -0,861% / 5464,02 pontos
FTSE: -0,993% / 6321,81 pontos
Ibov. Fut.: -1,16% / 106198,00 pontos
S&P Fut.: -1,162% / 3564,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,523% / 11842,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,98% / 73,47 ptos
Petróleo WTI: -1,20% / $41,19
Petróleo Brent: -0,52% / $43,92
Ouro: -0,56% / $1.858,53
Minério de Ferro: 1,99% / ¥ $122,29
Soja: -0,77% / $1.165,25
Milho: -1,12% / $420,00
Café: 0,21% / $118,90
Açúcar: 0,39% / $15,43