Novamente, o mercado bem que tentou ontem se desvencilhar das bolsas internacionais que passaram um dia volátil, porém o que se tem convencionado chamar de ‘Reddit Effect’ e uma perspectiva mais pessimista do Fed quanto à economia americana se sobrepuseram, num dia em que os ativos operaram basicamente descolados um dos outros.
Localmente, as bolsas de valores mantiveram a primeira parte da sessão tentando se sobrepor ao mal humor no exterior, com relativo sucesso na parte da tarde, porém o peso das notícias externas acabou por se sobrepor.
Ao mesmo tempo, a redução parcial do ruído político no Brasil, com a possibilidade de uma eleição nas casas legislativas mais favorável ao governo se contrapõe às notícias bastante difusas sobre novas extensões de Coronavouchers, entre outros eventos de caráter fiscal.
Com a dívida pública atingindo R$ 5,09 tri, o sentimento sobre a questão fiscal fica dúbio, pois ainda que o resultado seja ruim e carregue em si o peso da pandemia em 2020, nota-se que a dificuldade do governo para se refinanciar que o mercado imaginava em agosto, dada a série de vencimentos pesada até abril não será tão difícil de ocorrer.
Há também um nítido sinal de reperfilamento da dívida, com o tesouro optando fortemente pelos pré-fixados, o que também deva ajudar nas rolagens futuras, dadas o sinal emitido pela autoridade monetária na ata do COPOM de elevação dos juros ainda este ano e na nossa opinião, já em março.
Tudo de certa maneira mascara o fato de sequer tenhamos aprovado o orçamento de 2021, com possibilidades grandes de comprometimento com maiores gastos devido à continuidade da pandemia no Brasil e no mundo.
Resta agora entender o compromisso do governo com as reformas, caso consiga uma onda favorável nas casas legislativas, pois a ‘desculpa’ da trava por presidentes da câmara e do senado se esvai, daí a responsabilidade do executivo em alimenta o congresso com as pautas reformistas daqui em diante.
Em semana de balanços corporativos, o foco vai além das intervenções de redes sociais em algumas ações, pois se analisa o peso da pandemia nos balanços. Com isso, atenção ao IGP-M, PNAD, PIB dos EUA e na agenda corporativa Samsung, Visa, MasterCard, McDonald’s, Comcast, Diageo (LON:DGE), Mondelez, Sherwin-Williams, Marsh & McLennan (NYSE:MMC), Stanley Black & Decker (NYSE:SWK).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, repercutindo os balanços corporativos e as interferências das redes sociais no mercado.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo fechamentos em Wall St.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque para ao cobre.
O petróleo abriu em estabilidade em Londres e Nova York, apesar do aumento dos casos de COVID-19 no mundo, mas com a queda nos estoques globais.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -10,72%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4112 / 1,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,017%
Dólar / Yen : ¥ 104,28 / 0,202%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,351%
Dólar Fut. (1 m) : 5390,09 / 0,80 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,38 % aa (#VALOR!)
DI - Janeiro 23: 5,07 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 25: 6,56 % aa (-0,91%)
DI - Janeiro 27: 7,22 % aa (-1,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4996% / 115.882 pontos
Dow Jones: -2,0489% / 30.303 pontos
Nasdaq: -2,6087% / 13.271 pontos
Nikkei: -1,53% / 28.197 pontos
Hang Seng: -2,55% / 28.551 pontos
ASX 200: -1,93% / 6.650 pontos
ABERTURA
DAX: -0,918% / 13495,44 pontos
CAC 40: -0,242% / 5446,42 pontos
FTSE: -0,932% / 6506,17 pontos
Ibov. Fut.: -0,36% / 115831,00 pontos
S&P Fut.: -2,561% / 3744,20 pontos
Nasdaq Fut.: -1,162% / 12984,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,52% / 80,04 ptos
Petróleo WTI: -0,93% / $52,80
Petróleo Brent: -0,73% / $55,81
Ouro: -0,26% / $1.842,01
Minério de Ferro: -2,37% / ¥ $169,26
Soja: -0,44% / $1.371,75
Milho: -0,37% / $534,50
Café: -0,44% / $125,75
Açúcar: -0,63% / $15,78