Em um movimento considerado inteligente ontem, até mesmo pela mudança de perfil da dívida e as dificuldades de colocação de papéis devido ao rendimento até negativo, o Tesouro reduziu a oferta de LFT de 500 mil para 100 mil papéis e elevou a de NTN-F.
O sinal dovish do box do relatório trimestral de inflação, onde tenta demonstrar o processo de repasse cambial poderia ou não acontecer do atacado ao varejo e se choca com a contraditória explicação do secretário Kanczuck de que o IPCA está ‘um pouquinho grávido do IPA’.
Como sabemos não haver ‘meia gravidez’, não existe ‘meio repasse’, pois a realidade do mais recente IPCA-15 e das projeções revisadas do IPCA de setembro já claramente demonstra a ocorrência.
Ainda assim, tal leitura e o leilão alterado do Tesouro retroalimentaram um cenário positivo, que se valeu de uma melhora expressiva no exterior em seu melhor momento, com fechamentos um tanto distantes de tal avanço expressivo, porém na linha positiva.
O RTI ainda trouxe alterações significativas de cenário na linha mais positiva, entre elas um PIB substancialmente alto para 2021, aos 3,9%, menores déficits de conta corrente e condicionais de inflação controlados, ainda que alguns índices desenhem a necessidade de retomada do aperto monetário em pouco mais de 6 meses.
No exterior, cresce a luta com os números novamente crescentes do COVID-19, com ressalvas, porém de tanto uma menor letalidade observada na atual onda, provavelmente pela maior juventude dos contaminados, mas também por prováveis efeitos de imunização em manada e elevação nas testagens.
Tais dados tem dado um alerta amarelo aos investidores, principalmente pelos efeitos de possíveis novas quarentenas, como já sinalizam alguns governos.
As atenções também se voltam ao pacote de auxílio que deve ser proposto pelos democratas de US$2,4 tri, porém a disputa continua, pois o gasto supera em muito a proposta republicana de $1 tri, numa conta que literalmente cairá no colo do próximo presidente para pagar.
Localmente, atenção aos custos de construção do FGV, a arrecadação de impostos sem data definida e no exterior, pedidos de bens duráveis e de capital.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com incertezas sobre a economia e avanços do vírus.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, seguindo o Ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção à platina.
O Petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com temores renovados de possíveis restrições de locomoção.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,82%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,51 / -1,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,231%
Dólar / Yen : ¥ 105,47 / 0,057%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,251%
Dólar Fut. (1 m) : 5513,48 / -1,08 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,54 % aa (-3,28%)
DI - Janeiro 23: 4,25 % aa (-4,49%)
DI - Janeiro 25: 6,21 % aa (-3,42%)
DI - Janeiro 27: 7,19 % aa (-2,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3342% / 97.012 pontos
Dow Jones: 0,1955% / 26.815 pontos
Nasdaq: 0,3694% / 10.672 pontos
Nikkei: 0,51% / 23.205 pontos
Hang Seng: -0,32% / 23.235 pontos
ASX 200: 1,51% / 5.965 pontos
ABERTURA
DAX: -1,512% / 12415,93 pontos
CAC 40: -1,579% / 4687,40 pontos
FTSE: -0,382% / 5800,55 pontos
Ibov. Fut.: 1,44% / 97012,00 pontos
S&P Fut.: 0,025% / 3238,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,112% / 10850,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,16% / 70,75 ptos
Petróleo WTI: 0,12% / $40,21
Petróleo Brent: 0,26% / $41,88
Ouro: -0,14% / $1.863,03
Minério de Ferro: -0,39% / ¥ $123,97
Soja: 0,10% / $1.001,50
Milho: 0,89% / $366,00
Café: 1,39% / $112,80
Açúcar: 0,78% / $12,93