Mais um membro do Fed vem ao resgate do Bull Market, ao afirmar que mesmo no caso de inflação, os EUA têm condições de conter o aumento de preços sem retirar os estímulos necessários a debelar os efeitos da pandemia.
Num contexto de pressões crescentes de preços que sequer ainda contam com os efeitos de um possível programa de estímulos de infraestrutura, as autoridades econômicas nos EUA fazem de um tudo para garantir que não haja pânico no mercado.
Em partes, isso ocorre dada a incredulidade do Fed na solidez da atual recuperação econômica, a qual obviamente surpreende em termos anuais, devido à depressão dos indicadores do ano passado, mas também é observada em indicadores marginais, demonstrando a tal solidez do processo, baseado nas reaberturas econômicas.
Localmente, os dados relacionados ao setor externo e a criação de postos de trabalho registraram resultados abaixo das expectativas, o que não significa necessariamente que foram dados ruins.
O saldo positivo de conta corrente, unido ao crescimento do investimento externo direto emite um sinal positivo para a economia brasileira e caso o processo de imunização se intensifique, tais indicadores podem gerar ainda mais conforto na recuperação macroeconômica.
Isso por que uma série de exportadores usou a oportunidade do Real valorizado frente ao dólar para internar novamente recursos estacionados no exterior, dada a redução da volatilidade cambial, com a elevação da Selic.
O papel do câmbio na inflação ficou nítido no ano passado e caso a estabilidade continue unida a um processo de valorização da divisa, o aperto monetário poderá ser o suficiente para continuar a atrair o capital local estacionado no exterior e o capital estrangeiro.
A elevação de juros pode continuar até o ponto de preservar a qualidade de um processo de carry trade, mas pode se abreviar antes do que prevê o mercado e antes da taxa deixar de ter caráter estimulativo, ou seja, neutra, mantendo assim a perspectiva de recuperação da atividade.
Para ajudar, faltam reformas avançarem no congresso, mas de maneira concreta e não os arremedos atuais.
Na agenda macroeconômica destacam-se o desemprego e resultado do governo central, e nos EUA, vendas de imóveis pendentes e o PIB.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelos dados americanos do PIB, bens duráveis, imóveis e emprego.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com destaque para a alta da Xiaomi (HK:1810) de mais de 3% em Hong Kong.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com temores do Irã retomar a produção, após progresso nas conversas sobre energia nuclear.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,34%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,312 / -0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,025%
Dólar / Yen : ¥ 109,19 / 0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,021%
Dólar Fut. (1 m) : 5315,28 / -0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,95 % aa (-1,65%)
DI - Janeiro 23: 6,65 % aa (-0,97%)
DI - Janeiro 25: 8,06 % aa (-1,10%)
DI - Janeiro 27: 8,68 % aa (-0,91%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8143% / 123.989 pontos
Dow Jones: 0,0309% / 34.323 pontos
Nasdaq: 0,5919% / 13.738 pontos
Nikkei: -0,33% / 28.549 pontos
Hang Seng: -0,18% / 29.113 pontos
ASX 200: 0,03% / 7.095 pontos
ABERTURA
DAX: -0,301% / 15404,21 pontos
CAC 40: 0,458% / 6420,90 pontos
FTSE: -0,077% / 7021,53 pontos
Ibov. Fut.: 0,81% / 124196,00 pontos
S&P Fut.: 0,182% / 4193,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,496% / 13644,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,11% / 91,51 ptos
Petróleo WTI: -0,79% / $65,72
Petróleo Brent: -0,94% / $68,36
Ouro: 0,01% / $1.896,10
Minério de Ferro: 1,05% / $206,89
Soja: -0,47% / $1.495,00
Milho: 0,36% / $624,75
Café: -0,16% / $155,85
Açúcar: 0,66% / $16,99