O mercado global continua a operar no arremedo das bolsas de valores americanas e esta opera em reação à perspectiva de aprovação do ousado plano de infraestrutura de Biden.
Como citamos anteriormente, apesar do ânimo cada vez maior com o processo e sinais recentes de avanços, não são os republicanos que Biden deve convencer para avançar seu plano, afinal, ao sinalizar elevação de impostos para financiar sua ambição, perdeu qualquer apoio que poderia vir da oposição.
O problema são os democratas que igualmente se sentiram desconfortáveis com o uso do expediente tributário para financiar o estímulo econômico e daí o trabalho para convence-lo a não criar uma derrota para o governo com uma margem apertada.
Tal plano conta com o apoio tanto do Federal Reserve quanto do departamento de Tesouro americano, num movimento que poucas vezes foi observado, mesmo em um contexto de dificuldades globais como o atual.
Localmente, as atenções se voltam à perspectiva hoje de aprovação do orçamento por parte de Bolsonaro e como deve ficar a versão final do texto, afinal, devem retornar as despesas ‘pedaladas’ pelo congresso, acomodando as emendas do congresso e a retirada das despesas com a pandemia.
Com o fluxo de entrada apertado pela pandemia e pela atividade econômica travada e pela falta de outros meios de se buscar financiamento, o governo vai aprovar um orçamento em detrimento às despesas discricionárias e ao funcionamento da já pesada e paquidérmica máquina pública.
O resultado veremos no final do ano, quando órgãos e ministérios poderão acionar expedientes como a DEA (Despesas de Exercícios Anteriores), que pode ser usada para justificar gastos que extrapolaram a dotação disponível nos períodos anteriores.
É uma versão mini de uma pedalada, como esconder as contas na gaveta.
Na agenda macro, na Europa, a decisão de juros do BCE; nos EUA, atividade nacional, indicadores antecedentes, pedidos de auxílio desemprego e vendas de imóveis existentes e na agenda corporativa, Intel (NASDAQ:INTC) (SA:ITLC34), AT&T (NYSE:T) (SA:ATTB34), SAP (DE:SAPG) (BA:SAP), Blackstone (NYSE:BX) , Snap (NYSE:SNAP) e Volvo (ST:VOLVa).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após a sessão positiva de ontem em nível global.
Em Ásia-Pacífico, mercados em alta, com as ações japonesas liderando os ganhos entre os principais mercados da região.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com o aumento dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,20%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5698 / 0,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / 0,108%
Dólar / Yen : ¥ 108,03 / -0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,136%
Dólar Fut. (1 m) : 5564,17 / 0,08 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,62 % aa (0,72%)
DI - Janeiro 23: 6,38 % aa (2,00%)
DI - Janeiro 25: 7,98 % aa (1,40%)
DI - Janeiro 27: 8,63 % aa (1,65%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7209% / 120.062 pontos
Dow Jones: 0,9344% / 34.137 pontos
Nasdaq: 1,1892% / 13.950 pontos
Nikkei: 2,38% / 29.188 pontos
Hang Seng: 0,47% / 28.755 pontos
ASX 200: 0,83% / 7.055 pontos
ABERTURA
DAX: 0,489% / 15270,20 pontos
CAC 40: 0,685% / 6253,08 pontos
FTSE: 0,123% / 6903,80 pontos
Ibov. Fut.: -0,75% / 120442,00 pontos
S&P Fut.: 0,926% / 4164,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,135% / 13900,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,08% / 87,34 ptos
Petróleo WTI: -0,51% / $61,05
Petróleo Brent: -0,70% / $64,87
Ouro: -0,30% / $1.788,67
Minério de Ferro: -0,46% / ¥ $176,20
Soja: 1,42% / $1.518,50
Milho: 1,28% / $633,50
Café: 0,45% / $132,80
Açúcar: -0,41% / $16,87