A prévia do PIB pelo Banco Central, o IBC-Br divulgado ontem, registrou resultado abaixo da mediana do mercado, com um importante ‘porém’ ao efetuar uma mudança de índice que alterou tanto os resultados mês a mês, como o anual anterior para cima.
Com isso, o indicador se une à série já extensa de dados que corroboram com um cenário de retomada mais forte da atividade econômica, ao ponto de contrariar as premissas mais catastróficas criadas durante o auge da crise, momento em que mantivemos considerável cautela antes de criar cenários que estivessem contaminados mais pela psique do momento, do que por caracteres técnicos.
A dúvida agora reside no papel dos programas de manutenção de renda mínima colocados em voga neste ano e previstos para terminar antes de que possam contaminar o fiscal de 2021, importante destaque para a perspectiva de retomada da atividade do próximo ano.
O governo sentiu o sabor da popularidade que tais programas trazem e tenta buscar uma solução para sua manutenção, porém a reação dos investidores ao malabarismo fiscal ‘com motosserras’ continua a se refletir na redução da demanda por títulos de curto prazo, em especial as LFTs e no maior prêmio dos vértices longos da curva de juros.
Incluem-se em tal cenário os choques de oferta ocorrendo local e globalmente em diversos setores, o inevitável repassa cambial em uma série de produtos, dada a longevidade da forte desvalorização do Real frente ao dólar, a retomada em diversos setores de serviços, reduzindo os descontos que ajudaram no passado na deflação do setor e os problemas globais de estiagem.
Neste contexto, ignorar o caráter agora não tão benigno da inflação e ‘culpar’ a redução da demanda por LFTs pelo fiscal e pela concorrência com as compromissadas ou mesmo julgar que os níveis atuais da Selic pouco influenciam na demanda por títulos públicos, como no fracasso dos leiloes recentes do tesouro é um jogo bastante perigoso.
Na agenda de hoje, destacam-se o IGP-10 e IPC-S semanal, e nos EUA, vendas ao varejo, produção industrial e compra de Treasury Bonds por estrangeiros.
Na agenda corporativa, destacam-se os resultados de Honeywell, Volvo e Bank of New York Mellon (NYSE:BK).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por dados econômicos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, quedas com exceção da China, com temores sobre o Covid.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao outro e prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York com dólar global mais forte.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,19%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,614 / 0,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,051%
Dólar / Yen : ¥ 105,25 / -0,237%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,263%
Dólar Fut. (1 m) : 5602,51 / 0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,05 % aa (2,27%)
DI - Janeiro 23: 4,69 % aa (3,08%)
DI - Janeiro 25: 6,59 % aa (2,65%)
DI - Janeiro 27: 7,53 % aa (2,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2822% / 99.054 pontos
Dow Jones: -0,0694% / 28.494 pontos
Nasdaq: -0,4661% / 11.714 pontos
Nikkei: -0,41% / 23.411 pontos
Hang Seng: 0,94% / 24.387 pontos
ASX 200: -0,54% / 6.177 pontos
ABERTURA
DAX: 0,679% / 12790,03 pontos
CAC 40: 1,252% / 4897,98 pontos
FTSE: 0,713% / 5874,12 pontos
Ibov. Fut.: -0,26% / 99209,00 pontos
S&P Fut.: -0,158% / 3475,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,082% / 11890,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,11% / 73,52 ptos
Petróleo WTI: -1,05% / $40,41
Petróleo Brent: -1,34% / $42,44
Ouro: -0,01% / $1.908,66
Minério de Ferro: -0,82% / ¥ $121,13
Soja: 0,38% / $1.067,75
Milho: 0,68% / $406,75
Café: 1,05% / $110,60
Açúcar: 0,56% / $14,32