A batalha entre Davids e Golias no mercado financeiro ontem teve mais um capítulo ontem, quando a corretora Robin Hood travou as operações das ações da GameStop (NYSE:GME), o que permitiu que parte dos grandes fundos reajustasse suas posições, mas ainda assim, após liberado novamente, o mercado viu fortes altas.
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Porém isso não foi resultado somente da especulação do Reddit, pois uma série de balanços corporativos deram sustentabilidade a um dia mais positivo nas bolsas de valores, com um dólar global fortalecido e um decréscimo de 3,5% da economia americana em 2020, muito abaixo do que se projetava no auge da crise pandêmica no ano passado.
Localmente, os dados do mercado de trabalho mostraram um desemprego aos 14,1%, melhor que as projeções com saldo positivo anual da criação de postos de trabalho formais (Caged), ou seja, mesmo durante a crise, fomos capazes de criar vagas.
Além da própria resiliência natural da economia brasileira, os programas de manutenção de emprego do governo têm em partes responsabilidade pelos números e em meio ao desastre de comunicação, o Brasil entregou mais neste quesito do que muitos países do mundo.
Ainda assim, a inflação continua a assombrar, com o IGP-M superando 25% em 12 meses e uma pressão renovada de atacado, em partes responsabilidade da volatilidade cambial.
Com isso, ainda que o mercado permaneça em um ciclo de ajustes da curva de juros desde a ata da última reunião do COPOM, isso tem muito mais a ver com a correção da forte abertura deflagrada no início deste ano, do que representar a perspectiva de juros mais altos ainda neste trimestre.
Outro ponto importante foram os resultados do governo central ontem, em especial após a divulgação da PAF, onde o déficit anual terminou abaixo das expectativas do ano, ainda contando com os gastos da pandemia, porém, como devem demonstrar hoje os números do setor público consolidado, há um mínimo espaço para um programa emergencial menor e mais curto.
Resta ao governo articular para evitar um maior desastre, como o de 2020, quando ‘perdeu a mão’ no valor do benefício no congresso.
Atenção aos balanços de Eli Lilly (NYSE:LLY) (SA:LILY34), Chevron (NYSE:CVX) (SA:CHVX34), SAP (NYSE:SAP), Honeywell (NYSE:HON) (SA:HONB34), Caterpillar (NYSE:CAT) (SA:CATP34), Colgate-Palmolive (NYSE:CL) (SA:COLG34), Ericsson (NASDAQ:ERIC), LG (NYSE:LPL) e desagregados do PIB americano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os índices futuros NY abrem em baixa, repercutindo os balanços corporativos e as interferências das redes sociais no mercado.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados pela bolsa de valores coreana.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto cobre e minério de ferro
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com perspectiva de novos cortes de produção e melhora da atividade com as vacinas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 14,37%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4406 / 0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,041%
Dólar / Yen : ¥ 104,80 / 0,633%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,423%
Dólar Fut. (1 m) : 5436,31 / 0,86 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,27 % aa (-2,18%)
DI - Janeiro 23: 4,93 % aa (-2,86%)
DI - Janeiro 25: 6,46 % aa (-1,52%)
DI - Janeiro 27: 7,14 % aa (-1,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,5897% / 118.883 pontos
Dow Jones: 0,9906% / 30.603 pontos
Nasdaq: 0,5016% / 13.337 pontos
Nikkei: -1,89% / 27.663 pontos
Hang Seng: -0,94% / 28.284 pontos
ASX 200: -0,64% / 6.607 pontos
ABERTURA
DAX: -1,119% / 13513,05 pontos
CAC 40: -1,173% / 5445,91 pontos
FTSE: -0,859% / 6469,92 pontos
Ibov. Fut.: 2,73% / 118994,00 pontos
S&P Fut.: 0,937% / 3779,30 pontos
Nasdaq Fut.: -1,422% / 12951,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,56% / 80,44 ptos
Petróleo WTI: 0,29% / $52,43
Petróleo Brent: 0,56% / $55,76
Ouro: 0,37% / $1.851,01
Minério de Ferro: -2,52% / ¥ $168,63
Soja: 0,78% / $1.363,75
Milho: 1,40% / $541,75
Café: 0,08% / $124,15
Açúcar: 0,00% / $15,64