O descolamento do mercado local das bolsas internacionais ontem foi em grande parte baseado no acordo firmado entre a justiça americana e a J&F, dona da JBS (SA:JBSS3), a qual se declarou culpada de violar legislação dos EUA contra corrupção.
Além disso, reforçamos que no Brasil, em termos de política atual, “no news is good news”, ou seja, ainda não existem notícias sobre um possível novo plano mirabolante em termos fiscais ou de renda mínima, o que reduz consideravelmente a volatilidade dos ativos e principalmente, as notícias constantes de demissão de Paulo Guedes e equipe.
Estes riscos, porém, se reduziram, mas em termos de Brasil, nunca podem ser minimizados e a possibilidade de surgimento de novos ruídos devem preventivamente estar no radar desde... sempre.
Nos EUA, a ausência de um consenso para um plano de alívio renovado da COVID-19 expõe muito mais do que uma disputa eleitoral e por protagonismo do tema, mas a escalada que a divisão política trouxe em nível global.
Democratas insistem que o plano aceito pode ser até mesmo o dos republicanos, entretanto, Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes quer o “protagonismo ou nada”, numa decisão quase monocrática e contrariando grande parte do seu partido.
Pelosi não passa do ‘outro lado da moeda’ de Trump e se mostra cada vez mais alguém preocupada com sua perspectiva pessoal da política do que nacional, sem grandes surpresas, dado seu histórico.
Por fim, o mercado reage com cautela ao aumento do número de casos da COVID-19 na Europa com o fim do verão e a chamada por novos lockdowns, o que contraria a perspectiva revisada da OMS, a qual agora não mais recomenda o fechamento da economia como fazia no início do ano.
Com isso e sem perspectivas de aprovação de nenhum pacote de estímulos, seja aqui ou nos EUA, o mercado reage negativamente e volta as atenções aos resultados corporativos do terceiro trimestre onde destacam-se os resultados de CSN (SA:CSNA3) local e internacional, BHP, Morgan Stanley (NYSE:MS) e Charles Schwab.
Na agenda macroeconômica de hoje, destacam-se o IBC-Br do Banco Central e nos EUA, pedidos de auxílio desemprego, atividade do Fed de NY, preços de importados e exportados.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, sem sinais sobre novos estímulos fiscais e com nova piora na pandemia.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo o fechamento no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com destaque à prata.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York com temores de menor demanda pelo aumento de casos de COVID-19.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,88%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5926 / 0,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,247%
Dólar / Yen : ¥ 105,27 / 0,105%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,507%
Dólar Fut. (1 m) : 5598,38 / 0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,92 % aa (-1,75%)
DI - Janeiro 23: 4,55 % aa (-1,09%)
DI - Janeiro 25: 6,42 % aa (-0,16%)
DI - Janeiro 27: 7,36 % aa (-0,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8442% / 99.334 pontos
Dow Jones: -0,5781% / 28.514 pontos
Nasdaq: -0,8021% / 11.769 pontos
Nikkei: -0,51% / 23.507 pontos
Hang Seng: -2,06% / 24.159 pontos
ASX 200: 0,50% / 6.210 pontos
ABERTURA
DAX: -2,990% / 12638,58 pontos
CAC 40: -2,343% / 4825,86 pontos
FTSE: -2,338% / 5796,30 pontos
Ibov. Fut.: 0,66% / 99466,00 pontos
S&P Fut.: -1,020% / 3445,40 pontos
Nasdaq Fut.: -1,608% / 11787,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 72,70 ptos
Petróleo WTI: -2,68% / $39,97
Petróleo Brent: -2,49% / $42,24
Ouro: -0,24% / $1.897,08
Minério de Ferro: -1,80% / ¥ $121,48
Soja: -0,69% / $1.049,00
Milho: -0,25% / $395,50
Café: -2,14% / $107,25
Açúcar: -0,14% / $14,18