Em dia de decisões de juros de diversos emergentes, as atenções se voltam ao relatório trimestral de inflação e o que pode ser o ponto de vista do Banco Central sobre as recentes e consideráveis pressões de preços, em especial àquelas com conexão à instabilidade cambial deste ano.
Como citamos anteriormente, a falta de uma citação mais contundente sobre o impacto inflacionário de curto prazo no comunicado e na ata do COPOM e uma menção muito breve sobre os prêmios na curva de juros soam bastante descolados da realidade e merecem maior atenção.
Eis que os investidores buscam nas falas de Campos Neto e de Kanczuk apresentação do RTI hoje tais sinais, além daqueles apresentados no documento.
Além disso, Powell deve falar hoje perante o senado americano, sem grandes expectativas de mudanças no discurso de que o limite da política monetária chegou e o avanço da recuperação econômica bastante irregular depende necessariamente de estímulos de ordem fiscal, nos países que ainda possuem tal potência, como os EUA.
Alertamos também sobre a normalização dos indicadores econômicos, dados os avanços recentes e que tal evento tenderia a soar como uma possível piora do panorama, quando na verdade expressam a realidade de um cenário ainda por se tornar pós-pandêmico.
A enorme contração dos números em vista à restrição de locomoção se converteu em uma depressão dos indicadores, onde consequentemente a reação às reaberturas gerariam muitos resultados surpreendentemente fortes, mas em diversos casos, descolados com a realidade.
Com o maior número de economias abrindo, por um período relativamente mais longo, a sensação de piora absurda ficou para trás, assim como os números impressionantes de melhora da atividade, daí o início da tal normalização.
É em tais números que os investidores tendem a focar suas atenções em possíveis correções dos ativos, dado que nenhum Banco Central relevante no mundo citou a possibilidade de enxugamento de liquidez.
Atenção hoje também às decisões de juros no México e Turquia, além de dados do mercado imobiliário nos EUA e índices de atividade já divulgados na Europa, como o índice IFO na Alemanha.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, devido às preocupações com a economia global.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com tensões na península coreana.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O Petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com queda no estoque dos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,63%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5959 / 2,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,146%
Dólar / Yen : ¥ 105,45 / -0,019%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,181%
Dólar Fut. (1 m) : 5573,76 / 1,84 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,72 % aa (-1,06%)
DI - Janeiro 23: 4,45 % aa (2,30%)
DI - Janeiro 25: 6,43 % aa (2,06%)
DI - Janeiro 27: 7,40 % aa (1,93%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,6021% / 95.735 pontos
Dow Jones: -1,9241% / 26.763 pontos
Nasdaq: -3,0159% / 10.633 pontos
Nikkei: -1,11% / 23.088 pontos
Hang Seng: -1,82% / 23.311 pontos
ASX 200: -0,81% / 5.876 pontos
ABERTURA
DAX: 0,150% / 12661,96 pontos
CAC 40: -0,111% / 4796,92 pontos
FTSE: -0,500% / 5869,74 pontos
Ibov. Fut.: -1,71% / 95634,00 pontos
S&P Fut.: -0,217% / 3224,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,226% / 10807,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,69% / 70,28 ptos
Petróleo WTI: -0,03% / $39,95
Petróleo Brent: -0,26% / $41,81
Ouro: -0,56% / $1.853,95
Minério de Ferro: 0,20% / ¥ $124,79
Soja: -1,23% / $1.002,25
Milho: -1,36% / $363,25
Café: 0,72% / $111,60
Açúcar: -0,55% / $12,80