A proposta do G7 de um imposto mínimo global de 15% não foi bem vista por parte dos investidores em nível global, em especial dentro da expectativa de mais um aumento de impostos corporativos nos EUA para tentar financiar o ambicioso orçamento de US$ 6 trilhões de Biden.
O temor é que o processo atinja diretamente o Base Erosion and Profit Shifting (BEPS), traduzido como erosão de base e transferência de lucros é a estratégia de planejamento tributário usada por empresas multinacionais que explora lacunas e incompatibilidades nas regras tributárias entre os países em que estão instaladas para reduzir o pagamento de impostos.
Para os planos de Yellen e Biden, evitar evasão fiscal, em especial de empresas de tecnologia que tem atuação global é de suma importância para o plano de aumentar a influência do estado na economia e na vida das pessoas.
Obviamente, para as empresas, isso demanda a mudança de todo um arcabouço fiscal em nível global, principalmente pela demanda do G7 que isso se expanda para ao menos 40 países.
Para o Brasil, nada disso faz a menor diferença, pois ao operarmos entre os maiores impostos corporativos do mundo, o que faz que excrecências como o novo Refis a ser aprovado na câmara surja, nos isentamos desta guerra fiscal como ocorre entre os estados brasileiros.
Daí a necessidade premente de uma reforma tributária galgada em uma alíquota única uniforme, não cumulatividade e princípio do destino.
Sem este tripé, qualquer reforma é inócua, principalmente se preservar um período de transição muito longo, dispersando os efeitos da reforma no médio prazo.
Por aqui, os ânimos do mercado se mantiveram mais positivos com a citação do presidente da câmara de que ao auxílio emergencial não deva ser expandido, mas convertido num programa bolsa-família “plus”, como quer o governo, o qual tem impacto fiscal consideravelmente reduzido.
Com isso, nosso mercado se afastou do recrudescimento do cenário global e manteve a sequência positiva de ganhos nos ativos, confirmando o iBovespa acima dos 130.000 pontos.
Chamam a atenção hoje o IGP-DI com a perspectiva de contínua pressão do atacado e mais um índice em alta e as vendas ao varejo em abril, além dos dados da Anfavea, os quais os resultados do mês passado ajudaram o índice amplo do varejo a performar bem.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com uma série de dados sem rumo na Europa.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos na maioria, mesmo com o crescimento japonês menos pior que as expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, temendo queda na demanda e aumento da oferta iraniana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,99%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0459 / -0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,148%
Dólar / Yen : ¥ 109,45 / 0,275%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,296%
Dólar Fut. (1 m) : 5047,34 / -0,12 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,10 % aa (0,16%)
DI - Janeiro 23: 6,72 % aa (1,21%)
DI - Janeiro 25: 7,79 % aa (1,17%)
DI - Janeiro 27: 8,32 % aa (0,97%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4999% / 130.776 pontos
Dow Jones: -0,3630% / 34.630 pontos
Nasdaq: 0,4867% / 13.882 pontos
Nikkei: -0,19% / 28.964 pontos
Hang Seng: -0,02% / 28.781 pontos
ASX 200: 0,15% / 7.293 pontos
ABERTURA
DAX: -0,225% / 15641,85 pontos
CAC 40: -0,005% / 6543,21 pontos
FTSE: 0,359% / 7102,59 pontos
Ibov. Fut.: 0,51% / 130814,00 pontos
S&P Fut.: -0,066% / 4225,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,288% / 13799,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,12% / 94,27 ptos
Petróleo WTI: -0,48% / $68,67
Petróleo Brent: -0,39% / $70,92
Ouro: -0,39% / $1.894,48
Minério de Ferro: -2,11% / $202,41
Soja: 0,95% / $1.575,25
Milho: 1,36% / $686,50
Café: 0,25% / $161,10
Açúcar: 0,46% / $17,44