Abertura sem Rumo e a Tentativa de um Pretenso Retorno à Normalidade

Em ata ontem o Federal Reserve que as “considerações de gerenciamento de risco apontadas para uma resposta vigorosa da política monetária, com a maioria favorecendo um corte de 100 bp que traria o alcance da meta ao seu limite inferior efetivo”.

O Fed foi um dos primeiros a gerar uma resposta “vigorosa” contra o COVID-19, ainda que tal resposta tenha baixa efetividade, dada a característica de contenção de demanda da atual crise, ou seja, há poucos elementos de estímulo ao consumo em tal cenário.

Obviamente, no pós-shutdown tais elementos serão de grande importância para a tentativa de retomada do consumo, todavia, o espectro temporal da doença é ainda algo que dificulta em muito o entendimento do que é considerado um retorno.

Ainda assim, a curva da doença começa a perder força na Itália e nos EUA, as autoridades já começam a vislumbrar o retorno das atividades em breve, ainda que o pico não tenha se desenhado por completo.

A Itália pode relaxar medidas de bloqueio em semanas, mas grande parte da Europa se recupera com o vírus se aproximando do pico.

Deste modo, as atenções começam a se desenhar nos eventos extra-vírus, como a reunião da OPEP(+) com conversas por vídeo conferência hoje a partir das 21h para discutir a próxima fase da política de produção de petróleo.

O presidente Trump alimenta esperanças de um corte muito maior do que qualquer acordo que a OPEP(+) tenha feito antes, sugerindo que a aliança energética poderia retirar de 10 a 15 milhões de barris de petróleo do mercado.

Outro ponto é praticamente a definição das eleições nos EUA, após a desistência de Bernie Sanders.

Neste sentido, agora a disputa está centrada em dois candidatos “não-disruptivos” e o resultado tende a não trazer reações mais pesadas dos investidores.

Mantem-se ainda a atenção aos indicadores econômicos de curto prazo, cujo os efeitos da crise viral já se mostram bastante presentes, como os pedidos de auxílio desemprego nos EUA, o qual pode se aproximar dos resultados anteriores, ou seja, muito acima do que qualquer coisa já observada na história americana e a inflação ao atacado, a qual deve dar sinais de deflação no curto prazo.

Localmente, as atenções se voltam ao IPCA, com onde alimentação deve superar 1%, com compensação em transportes.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelos pedidos de auxílio desemprego nos EUA.

Na Ásia, fechamento em alta, com exceção do Nikkei.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, exceção à prata e platina.

O petróleo abre em alta, com a Rússia na OPEP(+).

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,51%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1221 / -1,95 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,193%
Dólar / Yen : ¥ 108,77 / 0,028%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,258%
Dólar Fut. (1 m) : 5157,86 / -1,32 %

JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,02 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,25 % aa (-2,05%)
DI - Janeiro 25: 6,81 % aa (-2,16%)
DI - Janeiro 27: 7,60 % aa (-1,81%)

BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,9683% / 78.625 pontos
Dow Jones: 3,4418% / 23.434 pontos
Nasdaq: 2,5819% / 8.091 pontos

Nikkei: -0,04% / 19.346 pontos
Hang Seng: 1,38% / 24.300 pontos
ASX 200: 3,46% / 5.387 pontos

ABERTURA
DAX: 0,390% / 10373,19 pontos
CAC 40: -0,393% / 4425,29 pontos
FTSE: 0,716% / 5718,36 pontos

Ibov. Fut.: 3,18% / 78707,00 pontos
S&P Fut.: 0,154% / 2723,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,012% / 8158,25 pontos

COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,82% / 63,67 ptos

Petróleo WTI: 5,70% / $26,66
Petróleo Brent: 3,78% / $34,26

Ouro: 0,99% / $1.662,96
Minério de Ferro: 1,18% / $82,87

Soja: 0,23% / $857,75
Milho: 0,30% / $331,75 $331,75
Café: -0,08% / $119,55
Açúcar: 1,54% / $10,50