Dia da decisão do Copom e o ânimo embutido por parte do mercado para o corte residual dos possíveis 25 bp não esconde a preocupação que se torna cada vez mais premente com a questão fiscal no Brasil, consequência do desenrolar da política atualmente.
A pandemia trouxe em nível global mais do que óbvios e inevitáveis desafios em termos de gastos públicos no mundo todo.
Todavia, trouxe igualmente uma janela oportunista para quebrar paradigmas importantes na contenção de gastos, como foi o teto em 2016.
O teto trouxe previsibilidade suficiente para deflagrar um processo conciso de afrouxamento monetário, capitaneado pela gestão anterior do Banco Central, mas principalmente, gerou um inédito teto virtual de juros longos abaixo de 2 dígitos.
Eis que a ânsia eleitoral (ou eleitoreira) começa a sondar novamente a classe política e em meio à terra arrasada da pandemia, toda sorte de descalabros com dinheiro público é trazida à tona com animalesco ânimo. Alteração do teto, retirada dos investimentos do mesmo e em breve, no seu noticiário, emissão de moeda.
Além do cenário internacional de recuperação econômica, o ânimo brasileiro se sustenta na possibilidade de avanços das reformas em pauta, juntamente àquelas já aprovadas e a sustentação do fiscal na equipe econômica. Sem isso, o motivo para ânimo é literalmente zero.
Neste cenário, o corte de juros nos afasta ainda mais dos nossos pares internacionais e a falta de um efeito mais consistente da política monetária “na ponta” incentiva propostas espúrias como a limitação de juros de cartão e cheque especial, conforme o projeto do senador Álvaro Dias.
Tais discussões e o diferencial baixo de juros afasta o Brasil cada vez mais do investidor estrangeiro e já ocorre também de afastar o investidor local, buscando quase diariamente alternativas no exterior.
Atenção ao ADP, PMIs no Brasil e nos EUA e a decisão do COPOM.
Allianz (DE:ALVG), CVS, Deutsche Post, BMW, Honda, Thomson Reuters, MetLife, Discovery, Western Digital, GoDaddy são os destaques da agenda corporativa internacional.
Localmente, AES Tiete (SA:TIET11), BR Properties (SA:BRPR3), Braskem (SA:BRKM5), CSN (SA:CSNA3), Embraer (SA:EMBR3), Etenit, EZTec, Gafisa (SA:GFSA3), Gerdau (SA:GGBR4), Klabin (SA:KLBN11), Profarma (SA:PFRM3), Sul America, Tegma (SA:TGMA3) e Totvs (SA:TOTS3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por novos estímulos do governo americano.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, preocupado com a falta de avanço no pacote americano de alívio ao COVID-19.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com atenção aos eventos em Beirute, mesmo sem correlação militar.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,74%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2894 / -0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,458%
Dólar / Yen : ¥ 105,77 / 0,019%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,344%
Dólar Fut. (1 m) : 5313,75 / -0,22 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,27 % aa (3,48%)
DI - Janeiro 23: 3,76 % aa (3,01%)
DI - Janeiro 25: 5,28 % aa (1,93%)
DI - Janeiro 27: 6,18 % aa (1,98%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,5697% / 101.216 pontos
Dow Jones: 0,6153% / 26.828 pontos
Nasdaq: 0,3519% / 10.941 pontos
Nikkei: -0,26% / 22.515 pontos
Hang Seng: 0,62% / 25.103 pontos
ASX 200: -0,60% / 6.001 pontos
ABERTURA
DAX: 0,939% / 12719,22 pontos
CAC 40: 0,847% / 4930,92 pontos
FTSE: 1,108% / 6102,90 pontos
Ibov. Fut.: -1,64% / 101452,00 pontos
S&P Fut.: 0,350% / 3299,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,444% / 11121,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,42% / 71,55 ptos
Petróleo WTI: 2,35% / $42,74
Petróleo Brent: 2,16% / $45,50
Ouro: 1,04% / $2.040,30
Minério de Ferro: 1,17% / $115,55
Soja: -0,03% / $883,50
Milho: 0,65% / $310,25 $310,25
Café: 1,49% / $123,60
Açúcar: 0,86% / $12,92