Uma sessão intensa de mercado financeiro, com os investidores reagindo a resultados corporativos abaixo das expectativas, problemas políticos em Brasília com a CPI e sinais trocados do texto da reforma tributária e a expectativa com a decisão do COPOM.
No exterior, a queda foi novamente concentrada em ações de empresas de tecnologia e de “empresas de crescimento”, que são aquelas que devem aumentar as vendas e os lucros a uma taxa mais rápida do que a média do mercado.
Além disso, a fala de Yellen sobre uma possível necessidade de elevação de juros para conter um aquecimento da atividade econômica gerou a reação imediata do mercado estímulo-dependente, que se pôs na defensiva, porém o sinal emitido sequer indica prazo para ocorrer.
Hoje o mercado já responde mais positivamente e as atenções se voltam ao mercado de trabalho nos EUA e à decisão do COPOM no Brasil, com os já contratados 75 bp de alta para 3,5% aa.
O contexto fiscal desafiador, aliado a pressões inflacionárias não tão temporárias quanto o Banco Central e parte dos economistas julgava e o foco na inflação de 2022 pode manter a postura hawk da autoridade monetária, porém o próximo movimento continua em aberto.
Isso por que o BC sentiu os efeitos da estabilidade cambial nos preços e a retirada do peso da volatilidade na inflação pode ser uma política monetária mais eficiente do que o propósito original de uma elevação de juros, ao desestimular a demanda agregada, dadas as características dolarizadas da economia brasileira, como citado aqui mais de algumas dezenas de vezes.
Com isso, o BC pode deixar o próximo movimento em aberto, no sentido de não oferecer um sinal tão claro e direto como foi feito na decisão anterior, ao contratar quase que automaticamente a elevação que deve ocorrer hoje.
Ao mesmo tempo, ele não pode se furtar dos efeitos desta comunicação e como o mercado pode reagir, caso sinta um sinal fraco de continuidade do aperto.
Na agenda macroeconômica, produção industrial, a decisão do COPOM e PMIs no Brasil, ADP Employment e PMIs nos EUA.
Na agenda corporativa, Paypal, Uber (NYSE:UBER), Bookings, GM, MercadoLibre (NASDAQ:MELI), Deutsche Post, MetLife, Intesa, Budweiser, Hilton e localmente AES, Tenda (SA:TEND3), Gerdau (SA:GGBR4), CBA, Sinqia, Taesa (SA:TAEE11), Pan, Braskem (SA:BRKM5), Totvs (SA:TOTS3), Ultrapar (SA:UGPA3), Copel (SA:CPLE6), Engie (SA:EGIE3) e Tim (SA:TIMS3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com atenção à perspectiva de reaberturas e recuperação, além do foco em balanços.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com Austrália e Coreia do Sul em alta.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto a prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com queda recorde nos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,57%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4428 / 0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / -0,033%
Dólar / Yen : ¥ 109,28 / 0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,079%
Dólar Fut. (1 m) : 5447,73 / 0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,77 % aa (4,34%)
DI - Janeiro 23: 6,54 % aa (2,03%)
DI - Janeiro 25: 8,05 % aa (2,42%)
DI - Janeiro 27: 8,66 % aa (1,88%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,2562% / 117.712 pontos
Dow Jones: 0,0580% / 34.133 pontos
Nasdaq: -1,8828% / 13.634 pontos
Nikkei: -0,83% / 28.813 pontos
Hang Seng: -0,49% / 28.418 pontos
ASX 200: 0,40% / 7.096 pontos
ABERTURA
DAX: 1,312% / 15051,33 pontos
CAC 40: 0,842% / 6304,36 pontos
FTSE: 1,152% / 7002,93 pontos
Ibov. Fut.: -1,29% / 117966,00 pontos
S&P Fut.: -0,657% / 4158,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,488% / 13613,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,69% / 92,28 ptos
Petróleo WTI: 1,29% / $66,46
Petróleo Brent: 1,35% / $69,75
Ouro: -0,04% / $1.777,39
Minério de Ferro: 0,62% / $189,72
Soja: 1,07% / $1.577,00
Milho: 0,00% / $749,00
Café: 0,11% / $138,90
Açúcar: 1,99% / $17,44