Na semana do domínio político e agenda vazia, ao menos o seu fim parece de menores incertezas no âmbito local, após a manutenção do veto presidencial na Câmara ao aumento de salários de servidores em meio à pandemia.
Tal aumento, obviamente, necessitaria de uma fonte de recursos que deveria ser indicada por aqueles que a propuseram, sob risco de descumprimento da lei, porém, assim como o projeto de limitação dos juros dos bancos, o processo poderia ser mais um mise-en-scène para agradar a base política de futuros candidatos, do que algo efetivo.
Todavia, o estrago político de tal derrota seria o pior sinal emitido pelo governo, devido à sua incapacidade de articular uma base sólida nas casas, algo que ocorreu na câmara devido à uma intervenção direta de Rodrigo Maia.
Para o bem e para o mal, Maia tem sido o fiel da balança em diversos momentos importantes na casa e o governo obviamente precisa escolher muito bem a quem apoiar para a mudança da presidência da casa, pois o trânsito que Maia tem no congresso, somente o ex-presidente Temer mostrava igual desenvoltura.
Passado o susto, o governo deve focar a atenção no destravamento das pautas e dos vetos no congresso para a passagem de temas de suma importância, como a PEC do gás entre outras.
Ainda assim, apesar da vitória expressiva do governo na câmara, retornamos ao antigo ditado: “tudo certo, nada resolvido”, pois o governo continua refém de suas próprias escolhas políticas e deve concentrar agora os esforços na aprovação das reformas, em especial tributária e administrativa.
Nos EUA, Biden aceitou a nomeação como candidato democrata à Casa Branca e em seu discurso afastou boa parte da caricatura que Trump criou de seu adversário, principalmente pela ausência de aparições públicas mais constantes do agora real oponente à presidência.
Trump respondeu no seu usual modus operandi com uma enxurrada de ataques, parte deles com baixo ou sem fundamento, alimentado pela mídia que é notoriamente favorável ao atual presidente. Ainda assim, apesar das pesquisas favoráveis a Biden, Trump é um candidato difícil de ser derrotado, mesmo agora.
Na agenda econômica, uma série de PMIs na Europa surpreendeu os analistas, com dados de serviços e compostos frustrando e manufaturas surpreendendo, o que pode ser resultado da contaminação do “bom humor” como citamos aqui anteriomente.
No Japão, vendas de supermercados subindo, enquanto registram quedas em lojas de departamento.
Na agenda de hoje, os mesmos PMIs nos EUA e vendas de imóveis existentes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após frustração com dados de PMI.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo a tendência no exterior.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com produtores mantendo a oferta em alta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,16%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5591 / 0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,371%
Dólar / Yen : ¥ 105,68 / -0,170%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,341%
Dólar Fut. (1 m) : 5565,65 / 0,76 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,41 % aa (3,02%)
DI - Janeiro 23: 3,99 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 25: 5,80 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 27: 6,82 % aa (-0,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6090% / 101.468 pontos
Dow Jones: 0,1692% / 27.740 pontos
Nasdaq: 1,0630% / 11.265 pontos
Nikkei: 0,17% / 22.920 pontos
Hang Seng: 1,30% / 25.114 pontos
ASX 200: -0,14% / 6.111 pontos
ABERTURA
DAX: 0,191% / 12854,48 pontos
CAC 40: 0,099% / 4916,12 pontos
FTSE: 0,109% / 6019,92 pontos
Ibov. Fut.: 0,83% / 101655,00 pontos
S&P Fut.: 0,240% / 3380,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,129% / 11477,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,33% / 71,54 ptos
Petróleo WTI: -0,72% / $42,39
Petróleo Brent: -0,65% / $44,60
Ouro: -0,63% / $1.934,47
Minério de Ferro: 1,04% / $123,74
Soja: 0,22% / $903,00
Milho: 0,62% / $326,50 $326,50
Café: 1,05% / $120,35
Açúcar: 0,31% / $13,04