Na linha da estabilização dos números relacionados à doença, os mercados começam a operar com variações percentuais diárias mais modestas, o que pode ser encarado como o início de uma normalização do valor dos ativos.
O contexto está obviamente inserido em grande incerteza, dadas o distanciamento social ainda em andamento e a perspectiva parcial de retomada da atividade econômica em diversas localidades. Ainda assim, a volatilidade perde parte de sua força em um panorama desafiador.
Os mercados futuros caíram no início das negociações nesta madrugada, após uma alta expressiva na sessão anterior, alimentada pelo otimismo de que o surto de Coronavírus está melhorando nos EUA e em diversos países europeus.
A temporada de balanços começa a sinalizar em seus resultados os efeitos parciais da pandemia e assim como as projeções do FMI ontem, todas apontando para uma severa recessão neste ano, os investidores calibram seus cenários para o grande desafio da tentativa da retomada.
Neste sentido, reforçamos a necessidade de atenção redobrada à reação geral aos resultados certamente negativos, tanto micro, quanto macroeconômicos, pois mesmo que inseridos nos desafios da pandemia, surpresas negativas podem levar a fortes reações nos ativos nos meses que se seguirem ao fim do distanciamento social, ou seja, os mercados podem testar “novos fundos” de valores.
A ideia de que talvez o pior da queda livre econômica tenha acabado e que se fale em reabrir economias é positiva, porém a segunda onda da doença em países asiáticos pode transformar tal conceito em tão somente breves momentos de reacao dos ativos, porém sem a solidez necessária a se converter numa tendência, daí o mercado negativo hoje.
Localmente, atenção ao IGP-10, o qual no curto prazo tende a refletir parte da elevação dos custos no atacado, em especial àqueles relacionados ao câmbio, além do custo de alimentos, porém o médio prazo ainda reserva eventos deflacionários, inclusive com combustíveis.
Nos EUA, as vendas ao varejo e produção industrial já refletem os impactos iniciais do COVID-19, daí a atenção à sua leitura.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a percepção da piora da atividade econômica mundial.
Na Ásia, fechamento negativo após o relatório do FMI prever forte recessão global.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda, com preocupação de super oferta global.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8,79%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1635 / -0,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,437%
Dólar / Yen : ¥ 107,31 / 0,093%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,871%
Dólar Fut. (1 m) : 5184,10 / 0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,70 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,77 % aa (-2,45%)
DI - Janeiro 25: 6,38 % aa (-2,45%)
DI - Janeiro 27: 7,25 % aa (-2,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3732% / 79.918 pontos
Dow Jones: 2,3898% / 23.950 pontos
Nasdaq: 3,9465% / 8.516 pontos
Nikkei: -0,45% / 19.550 pontos
Hang Seng: -1,19% / 24.145 pontos
ASX 200: -0,39% / 5.467 pontos
ABERTURA
DAX: -2,131% / 10468,60 pontos
CAC 40: -1,895% / 4438,20 pontos
FTSE: -2,065% / 5671,75 pontos
Ibov. Fut.: 1,32% / 79932,00 pontos
S&P Fut.: -1,889% / 2789,40 pontos
Nasdaq Fut.: -1,366% / 8573,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,16% / 62,32 ptos
Petróleo WTI: -3,28% / $19,43
Petróleo Brent: -4,09% / $28,35
Ouro: -0,44% / $1.719,20
Minério de Ferro: 0,49% / $84,25
Soja: 0,24% / $849,00
Milho: -0,15% / $325,50 $325,50
Café: -0,43% / $116,70
Açúcar: -0,50% / $10,00