O feriado local privou nosso mercado de aproveitar o ritmo positivo das bolsas de valores internacionais, puxadas por ações de empresas de tecnologia, em especial a Apple (NASDAQ:AAPL), ainda que um acordo sobre o novo programa de estímulos esteja empacado no Congresso americano.
Ainda que o mercado internacional sinalize uma abertura negativa das bolsas de valores, os futuros do Nasdaq continuam positivos e podem influenciar o mercado, na deflagração da temporada de balanços corporativos.
Localmente, o fim de semana prolongado foi calmo em termo do noticioso político, o que em termos de Brasil, a ausência de notícias se converte em boa notícia, mas a atenção continua voltada à insistência do governo em criar uma versão 2.0 do bolsa família para o ano de 2021, ainda que as fontes de receitas continuem meras desconhecidas.
O temor com o fiscal permanece como o principal entrave para que o mercado reflita a perspectiva mais positiva dos indicadores de atividade econômica, em média superando tanto as expectativas dos analistas, como até os resultados observáveis nos anos anteriores, de crescimento fraco.
As reformas estruturantes continuam cada vez mais necessárias e a insistência do ministério da economia e do Banco Central no tema não é à toa, pois em meio aos gastos extraordinários da pandemia, cresceu fortemente o apetite da classe política por gastos que superem o teto legal, ou mesmo que o revejam de alguma forma.
Todavia, a revisão do teto dos gastos passa necessariamente pela revisão do pacto federativo, do enorme peso da máquina pública (administrativa, judiciaria e legislativa), da matriz tributária atual e de conscientização da baixa velocidade das decisões do âmbito político.
Na agenda de hoje, destacam-se a balança comercial chinesa acima das expectativas, os dados positivos do mercado de trabalho britânico, o índice Zew na Alemanha abaixo das projeções e a inflação ao varejo nos EUA.
No Brasil, semana de agenda vazia, com destaque à atividade econômica com o índice do setor de serviços (14/10), IBC-Br (15//10) e IGP-10 (16/10).
Em nível global, a tradição de início da temporada com a Alcoa se perdeu e saem hoje os resultados de JPMorgan (NYSE:JPM), Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Citigroup (NYSE:C), BlackRock (EPS $9,22 vs $7,81, novo recorde) e Delta Air Lines (NYSE:DAL).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, enquanto investidores aguardam sinais sobre novos estímulos fiscais.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos com a balança comercial na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata e cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, após queda em meio à retomada da oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,60%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5322 / -1,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,203%
Dólar / Yen : ¥ 105,48 / 0,161%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,145%
Dólar Fut. (1 m) : 5536,47 / -1,17 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,99 % aa (-1,72%)
DI - Janeiro 23: 4,67 % aa (0,65%)
DI - Janeiro 25: 6,55 % aa (-0,15%)
DI - Janeiro 27: 7,53 % aa (-0,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4457% / 97.483 pontos
Dow Jones: 0,8767% / 28.838 pontos
Nasdaq: 2,5589% / 11.876 pontos
Nikkei: 0,18% / 23.602 pontos
Hang Seng: 2,20% / 24.650 pontos
ASX 200: 1,04% / 6.196 pontos
ABERTURA
DAX: -0,302% / 13098,75 pontos
CAC 40: -0,283% / 4965,18 pontos
FTSE: -0,409% / 5976,85 pontos
Ibov. Fut.: -0,52% / 97315,00 pontos
S&P Fut.: -0,594% / 3511,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,736% / 12223,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,23% / 72,94 ptos
Petróleo WTI: 1,72% / $40,24
Petróleo Brent: 1,70% / $42,40
Ouro: -0,09% / $1.920,35
Minério de Ferro: -0,97% / ¥ $123,25
Soja: 0,68% / $1.039,50
Milho: 0,64% / $391,25
Café: 0,37% / $109,20
Açúcar: 0,87% / $13,94