Os ativos do mercado local ontem não seguiram qualquer direção coordenada, com bolsa positiva na largada, devolvendo tudo antes do almoço para se manter na faixa dos 104.300 em queda, com dólar derretendo e mercado de juros futuros com abertura das curvas de juros, em especial nos vértices mais curtos.
Dentro do contexto está a condução do primeiro esboço da reforma da tributária para o Congresso, a qual possui uma série grande de pontos a serem discutidos e analisados, em especial a polêmica comparação com a proposta de Apy, considerada mais concisa que a do governo.
Num dia onde somente dados do mercado imobiliário americano serão divulgados, as atenções se voltam após o Departamento de Estado dos EUA ordenar abruptamente que a China fechasse seu consulado em Houston.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, condenou a ação e alertou sobre contramedidas firmes se os EUA não reverterem sua decisão.
Em meio à tensão geopolítica, a ausência de indicadores macroeconômicos mais relevantes deixa o mercado à sorte de uma correção dos ativos e ao mesmo tempo, do contexto geopolítico, abrindo espaço inclusive para reações quanto ao avanço do COVID-19 em algumas localidades.
Ainda que em velocidade reduzida comparativamente à primeira onda, o movimento pandêmico nos EUA continua a avançar, em especial nos estados com regiões litorâneas, em meio ao auge do verão e período de férias no hemisfério norte.
Os EUA relataram mais de 1.000 mortes de Covid-19 somente ontem.
Há também a inevitável reação dos investidores aos resultados corporativos muitas vezes decepcionantes do segundo trimestre, como na maioria dos casos não teria como ser diferente, onde os principais beneficiários continuam a ser parte das empresas de tecnologia e os grandes perdedores o setor aéreo, consumo e turismo.
Microsoft (NASDAQ:MSFT), Tesla (NASDAQ:TSLA), Christian Dior, Petrobras (SA:PETR4), Experian (LON:EXPN), Chipotle, Weg (SA:WEGE3), Nasdaq, Azko Nobel, estão entre os destaques da agenda corporativa internacional, com Weg divulgando resultados locais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com dia de correção dos ativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com apenas Shanghai em alta.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, exceção ao cobre e destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com o aumento dos estoques americanos e temores com a pandemia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,94%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1737 / -2,97 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,095%
Dólar / Yen : ¥ 106,97 / 0,178%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,479%
Dólar Fut. (1 m) : 5176,06 / -3,00 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,00 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,07 % aa (1,50%)
DI - Janeiro 25: 5,51 % aa (0,36%)
DI - Janeiro 27: 6,32 % aa (0,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1118% / 104.310 pontos
Dow Jones: 0,5979% / 26.840 pontos
Nasdaq: -0,8055% / 10.680 pontos
Nikkei: -0,58% / 22.752 pontos
Hang Seng: -2,25% / 25.058 pontos
ASX 200: -1,32% / 6.075 pontos
ABERTURA
DAX: -0,491% / 13107,18 pontos
CAC 40: -1,323% / 5036,73 pontos
FTSE: -0,991% / 6207,60 pontos
Ibov. Fut.: -0,10% / 104390,00 pontos
S&P Fut.: 0,188% / 3251,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,200% / 10857,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 67,20 ptos
Petróleo WTI: -1,17% / $41,37
Petróleo Brent: -0,74% / $43,90
Ouro: 0,74% / $1.857,41
Minério de Ferro: 0,37% / $107,58
Soja: -0,28% / $895,00
Milho: 0,39% / $324,50 $324,50
Café: 0,98% / $102,70
Açúcar: 0,17% / $11,74