Uma das mais comuns preocupações dos analistas e investidores no ano passado era se havia leve sinais de recessão global e como isso afetaria aos negócios.
Governos e Bancos Centrais ajustavam seus estímulos fiscais e monetários para tentar calibrar tal cenário e muito se discutia sobre a eficácia das políticas de juros excessivamente “generosas”, em vista à ausência de instrumentos mais contundentes, em caso de uma crise inesperada, ou, um “cisne negro”.
Eis que então, em vista ao coronavírus, a revisão do crescimento mundial ganhou um impacto renovado.
O informacional até aquele instante era muito deficiente vindo da China e o avanço da doença assustou, mas não o suficiente para gerar uma reação proativa dos líderes mundiais.
No fim, a doença se mostrou de baixa letalidade para pessoas até 50 anos, sem doenças pré-existentes, porém de acelerada contaminação, exatamente pela ausência de vacinas e profilaxia.
Este foi o ponto fulcral, pois o avanço acelerado da doença também causou pânico nos locais em que foi introduzido.
As autoridades mundiais, as quais não tomaram as básicas medidas profiláticas para evitar o avanço da doença, agem com igual pânico pandêmico para agora agir reativamente.
O pior de tudo é que, se nos preocupávamos antes com uma leve recessão global, os governos agora se inseriram num pânico tão intenso, que a única certeza que temos é a inevitável recessão.
Soa-se com um pecado hoje em dia “se fazer a conta” do custo do controle da doença, da maneira como está sendo feito versus a conta do desastre econômico resultando dos shutdowns mundo afora, os quais podem inclusive superar aqueles que observamos durante a crise das hipotecas em 2008/2009.
Sem considerar as consequências macroeconômicas, o mundo pode se inserir num ciclo recessivo onde os instrumentos de política monetária já foram exauridos ao máximo, onde o fiscal de diversos países não comporta mais rompantes de gastos, sem a compensação de juros elevados e tudo impregnado pelo terror instalado nas mentes e corações das pessoas, por conta de uma doença que, ao que se indica até agora, é de baixa letalidade.
Deste modo, seria o momento dos governos repensarem a FORMA das políticas de isolamento social e como evitar que as consequências macroeconômicos sejam maiores do que as que já estão se avizinhando no mundo.
Desemprego mata muito mais do que diversas doenças juntas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a falha na votação do TARP nos EUA.
Na Ásia, fechamento em queda, seguindo os futuros das bolsas ocidentais.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em queda, com o cenário de atividade desafiador.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0632 / 0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,131%
Dólar / Yen : ¥ 110,65 / -0,243%
Libra / Dólar : US$ 1,16 / -0,533%
Dólar Fut. (1 m) : 5020,77 / -1,63 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,61 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 6,92 % aa (-0,57%)
DI - Janeiro 25: 8,25 % aa (3,38%)
DI - Janeiro 27: 8,90 % aa (3,85%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,8475% / 67.069 pontos
Dow Jones: -4,5462% / 19.174 pontos
Nasdaq: -3,7907% / 6.880 pontos
Nikkei: 2,02% / 16.888 pontos
Hang Seng: -4,86% / 21.696 pontos
ASX 200: -5,62% / 4.546 pontos
ABERTURA
DAX: -2,963% / 8664,39 pontos
CAC 40: -2,580% / 3944,34 pontos
FTSE: -4,196% / 4972,98 pontos
Ibov. Fut.: -0,69% / 67003,00 pontos
S&P Fut.: -2,775% / 2225,40 pontos
Nasdaq Fut.: -2,400% / 6836,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,43% / 60,84 ptos
Petróleo WTI: -1,24% / $22,44
Petróleo Brent: -4,71% / $25,83
Ouro: -0,25% / $1.493,10
Minério de Ferro: -0,44% / $89,57
Soja: 1,62% / $873,00
Milho: 0,00% / $344,00 $344,00
Café: 2,05% / $122,45
Açúcar: 0,09% / $11,01