O dia de forte volatilidade no mercado local, acompanhando as bolsas internacionais, divididas entre a análise de tecnicidade e legalidade das ordens executivas de Trump para extensão dos programas contra o COVID-19, as quais ao menos levaram à discussão no congresso americano do pacote de US$ 1 trilhão de alívio à pandemia.
A proximidade de mais um recorde do índice S&P é mais um sinal de expectativa de uma rodada consistente de liquidez em nível global, capitaneado pelos EUA e seguido por economias centrais.
Neste cenário, a redução das incertezas quanto à pandemia ajuda, todavia a constante injeção de recursos e juros historicamente baixos dão o sinal de que a preocupação das autoridades monetárias e governos globais vai muito além do que se deixam transparecer nas reações dos indicadores econômicos.
Ainda que hajam sinais consistentes de retomada da atividade, a alimentação dos mesmos por programas como os adotados a partir de 2009 acendem um considerável alerta sobre a real situação no mundo neste momento, em especial, dos países desenvolvidos.
Às atenções se voltam também à ata do COPOM e como o Banco Central deve explicitar os possíveis próximos movimentos de juros, em meio à leitura de um IPCA baixo, permeado por uma série de outros indicadores inflacionários mais acelerados e a atividade econômica superando as expectativas em sua recuperação.
O fiscal, constantemente citado pelo BC como uma preocupação para a continuidade dos cortes de juros está tanto em uma situação claramente ruim, como tem possibilidade piorar ainda mais, em vista às demandas de políticos por mais gastos, com a proximidade das eleições municipais e obviamente, pela quebra de receita por conta da pandemia.
Se fosse por isto somente, a “porta estaria fechada”, mas aparentemente, o BC acredita que os resíduos de cortes de juros possam gerar diferença na economia real.
Softbank, Prudential (LON:PRU), Sysco, XP, Rakuten, LG são os destaques da agenda corporativa internacional.
Localmente, BTG (SA:BPAC11), Energisa (SA:ENGI4), Mitre, BR Distribuidora (SA:BRDT3), Positivo, Qualicorp (SA:QUAL3), Raia Drogasil (SA:RADL3), Santo Brasil, Sinqia e Wiz (SA:WIZS3).
Hoje em destaque a ata do COPOM e a inflação ao atacado nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa global por recuperação.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na sua maioria, seguindo os desígnios das bolsas americanas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, na expectativa por alta na demanda com o crescimento econômico sendo retomado.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,43%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4808 / 0,78 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,400%
Dólar / Yen : ¥ 106,09 / 0,142%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,161%
Dólar Fut. (1 m) : 5460,17 / 0,61 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,26 % aa (4,82%)
DI - Janeiro 23: 3,81 % aa (1,33%)
DI - Janeiro 25: 5,48 % aa (1,48%)
DI - Janeiro 27: 6,44 % aa (1,42%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6509% / 103.445 pontos
Dow Jones: 1,3048% / 27.791 pontos
Nasdaq: -0,3871% / 10.968 pontos
Nikkei: 1,88% / 22.750 pontos
Hang Seng: 2,11% / 24.891 pontos
ASX 200: 0,47% / 6.139 pontos
ABERTURA
DAX: 2,775% / 13039,60 pontos
CAC 40: 2,731% / 5043,57 pontos
FTSE: 2,363% / 6193,59 pontos
Ibov. Fut.: 0,59% / 103429,00 pontos
S&P Fut.: 0,236% / 3352,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,648% / 11137,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,31% / 70,68 ptos
Petróleo WTI: 1,14% / $42,42
Petróleo Brent: 0,73% / $45,34
Ouro: -1,68% / $1.989,54
Minério de Ferro: 0,23% / $118,34
Soja: 0,72% / $876,50
Milho: 0,89% / $313,00 $313,00
Café: -1,07% / $111,35
Açúcar: 0,32% / $12,59