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3 Empresas se Destacaram no Ano e Devem Continuar Crescendo em Meio à Ômicron

Publicado 22.12.2021, 10:31
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Os mercados financeiros globais registraram um vaivém constante nesta semana. As ações em Wall Street sofreram uma das suas piores liquidações do ano, por causa de preocupações com a disseminação da variante ômicron do coronavírus. Sem dúvida, a ômicron parece ser de longe mais transmissível do que as cepas anteriores, de acordo com estudos iniciais.

Embora ainda seja difícil determinar o impacto econômico da rápida disseminação dessa variante do vírus, os três nomes abaixo devem estar entre os maiores beneficiários da atual onda de Covid.

1. Pfizer

  • Desempenho no acumulado do ano: +60,1%
  • Capitalização de Mercado US$330,9 bilhões

A Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34)emergiu como uma das grandes vencedoras da corrida pelo desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. Entre os destaques do setor farmacêutico neste ano, a Pfizer vem colhendo os benefícios de uma campanha de vacinação sem precedentes no mundo para combater a pandemia.

De fato, o imunizante da Pfizer, desenvolvido em parceria com a fabricante alemã de medicamentos BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34), rapidamente se tornou um dos produtos mais vendidos da história da gigante farmacêutica dos EUA.

A empresa sediada em Nova York elevou sua previsão de vendas da sua vacina contra a Covid-19 ao longo de todo o ano de 2021 em 7,5%, para US$36 bilhões, em comparação com os fantásticos números de faturamento e resultados no terceiro trimestre, divulgados em 2 de novembro. Ela também melhorou sua perspectiva para 2022, enquanto firma acordos com mais países para fornecer doses de reforço e obtém aprovação definitiva para administrar a vacina em crianças.

A Pfizer alertou, na semana passada, que a pandemia duraria até 2024 e declarou que espera começar um ensaio clínico de uma versão atualizada da sua vacina especificamente para combater a variante ômicron, em janeiro. A companhia anunciou planos de desenvolver um regime de três doses para crianças de 2 a 16 anos.

Além disso, a fabricante de medicamentos também desenvolveu uma pílula antiviral contra a Covid-19, que ainda será lançada, que a empresa diz ser 90% eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco. A pílula aguarda aprovação da FDA, agência sanitária dos EUA.

Pfizer diário

As ações da PFE iniciaram o ano a US$36,81 e terminaram o pregão de terça-feira cotadas a US$58,95, não tão longe da máxima recorde de US$61,71 tocada em 20 de dezembro. Nos níveis atuais, a empresa farmacêutica – que superou o desempenho de nomes de destaque no setor, como Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), AstraZeneca (NASDAQ:AZN), Merck (NYSE:MRK) e Eli Lilly (NYSE:LLY) – possui uma capitalização de mercado de US$330,9 bilhões.

No acumulado do ano, as ações da Pfizer acumulam ganhos de cerca de 60%, superando facilmente os retornos comparáveis tanto do Dow Jones Industrial quanto do S&P 500.

Nossa expectativa é que a Pfizer, que se tornou uma das principais fabricantes de vacinas, continue tendo bom desempenho em meio à disseminação da variante ômicron. Embora os analistas estejam um pouco mais conservadores, os modelos quantitativos do InvestingPro apontam um potencial de alta de 25% em relação aos níveis atuais de US$76,44/ação.

IInvestingPro: 25% de potencial de alta para Pfizer

Gráfico: InvestingPro

2. Thermo Fisher Scientific

  • Desempenho no acumulado do ano: +38,5%
  • Capitalização de Mercado US$254,3 bilhões

A Thermo Fisher Scientific (NYSE:TMO) (SA:TMOS34) é uma das maiores fabricantes mundiais de kits de diagnóstico, equipamentos e insumo de laboratório, com um dos melhores desempenhos no setor de saúde neste ano, graças à robusta demanda por seus produtos de teste de coronavírus. A empresa também fornece matérias-primas para vacinas e terapias contra a Covid-19.

A empresa de Waltham, Massachusetts, recebeu autorização de uso emergencial do seu teste de SARS-CoV-2 pela FDA em março de 2020 e obteve um lucro de US$2,05 bilhões no terceiro trimestre, a partir das vendas dos seus produtos e serviços relacionados ao coronavírus. Em vista da atual disparada mundial de casos da variante ômicron, a Thermo Fisher deve registrar uma robusta demanda por seus kits de testes neste fim de ano e início de 2022.

A Thermo Fisher divulgou seus números lucro e faturamento no dia 27 de outubro e elevou suas projeções para todo o ano em US$1,2 bilhão, para US$37,1 bilhões, uma alta de 15% em relação ao ano anterior. A empresa prevê que a receita proveniente da resposta à Covid-19 no ano deve subir de US$6,7 para 7,7 bilhões

Em um bom sinal para o futuro, a fabricante de instrumentos científicos também elevou suas projeções de receita para 2022 em US$200 milhões, para US$40,5 bilhões, o que ressalta o bom desempenho dos negócios da Thermo Fisher em meio ao atual ambiente de mercado.

Thermo Fisher Daily Chart

As ações da fabricante de equipamentos médicos superaram os retornos do S&P 500 por larga margem em 2021, saltando quase 40% faltando apenas uma semana para o fim de 2021. A TMO iniciou o ano cotada a US$465,78 e disparou até a máxima recorde de US$666,65 em 26 de novembro, fechando o pregão de terça-feira cotada a US$645,34, o que concede à empresa de saúde um valuation de US$254,3 bilhões.

Em vista dos temores em torno da variante ômicron dominando o sentimento dos investidores, a Thermo Fisher deve continuar surfando a alta do seu formidável desempenho financeiro à medida que entramos no ano-novo. De fato, os modelos quantitativos de preço do InvestingPro apontam um potencial de alta de 10% em relação aos níveis atuais para US$714,98 por ação.

InvestingPro 10% de potencial de alta para Thermo Fisher

Gráfico: InvestingPro

3. Datadog

  • Desempenho no acumulado do ano: +80,3%
  • Capitalização de Mercado US$55,4 bilhões

A Datadog (NASDAQ:DDOG) fornece uma plataforma de análise e monitoramento de segurança para desenvolvedores de software e departamentos de tecnologia da informação (TI). Neste ano, seus papéis registraram uma notável corrida de alta. A empresa sediada em Nova York possui entre seus clientes nomes como FedEx (NYSE:FDX) (SA:FDXB34), AT&T (NYSE:T) (SA:ATTB34) e Airbnb (NASDAQ:ABNB) (SA:AIRB34). Suas ações saltaram 80% neste ano, em vista da disparada de demanda por soluções de monitoramento na nuvem em todos os segmentos corporativos.

A DDOG começou o ano negociada a US$98,44 em 1 de janeiro e disparou até a máxima de US$199,68 em 17 de novembro. Na terça-feira, o papel fechou a US$177,49, o que concede a essa fabricante de software corporativo de alto crescimento um valuation de mais de US$55 bilhões.

Datadog diário

A Datadog deve registrar mais ganhos nas próximas semanas, enquanto o aumento do teletrabalho devido à crise sanitária alimenta a demanda por seus serviços de software de segurança cibernética baseados na nuvem.

Não é de surpreender que a empresa de software como um serviço tenha registrado resultados financeiros muito melhores do que as previsões de faturamento e lucro de Wall Street em cada trimestre deste ano, na medida em que a pandemia de Covid forçou as empresas a acelerar as tendências de digitalização e migração para a nuvem.

No seu mais recente trimestre, a Datadog anunciou um crescimento de 160% em seu lucro, alcançando um LPA de US$0,13 em 4 de novembro, enquanto seu faturamento disparou 75%, atingindo o recorde de US$270,5 milhões, reflexo da disparada da demanda por suas ferramentas baseadas na nuvem.

De fato, a Datadog disse que tinha 1610 colaboradores, com uma receita anual recorrente de US$100.000 ou mais em 30 de setembro, uma alta de cerca de 60% em relação a 1015 no mesmo período do ano.

Para o futuro, as projeções da Datadog para o atual trimestre, que se encerra em janeiro, deixaram claro que a fabricante de software não espera qualquer desaceleração nos próximos meses. A empresa declarou que espera registrar um crescimento de quase 64% em sua receita em relação ao ano passado, atingindo a máxima histórica de US$291 milhões.

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