O mercado local até ensaiou acompanhar a correção dos ativos na sessão de ontem, mas com uma leve melhora do mercado internacional, adotou a postura mais bullish e colecionou nova alta em meio ao cenário de incertezas da pandemia.
Os eventos de ontem vieram praticamente em linha com as expectativas, com € 600 bi adicionais no pacote de compra de títulos e ativos os BCE, € 100 bi a mais do que o esperado e pedidos de auxílio desemprego nos EUA levemente acima das projeções, porém em declínio.
Localmente, a autoridade monetária se prepara para dar mais um passo histórico nos juros brasileiros, ainda que os efeitos estimulativos do afrouxamento monetário continuem a se mostrar limitados no crédito e cortes adicionais foram de certa forma adiantados nos discursos de membros do BC.
Este se definiria como um contexto de alta liquidez como o que ocorre no exterior, ainda que a redução de juros, como citada acima, tenha seus limites em termos estimulativos, todavia, segue a linha global de injeções constantes de recursos na economia, os quais tem limitações de encaixe na economia real e acabam inicialmente nas bolsas de economias centrais e agora, em emergentes.
Para o ciclo de afrouxamento local, o câmbio continua a ser uma preocupação do BC, ainda que não surte o efeito inflacionário mais forte na ponta do consumidor, porém, além da conhecida instabilidade que o câmbio sem rumo gera, devemos observar no IGP-DI de hoje o impacto no atacado.
Em um contexto de incertezas, isso atinge diretamente as empresas, as quais estão há muito tempo num constante achatamento de margens de lucros e sem grandes opções de substituição de importações, em vista às tipicidades da economia brasileira.
Por fim, o mercado aguarda a leitura da criação de vagas nos EUA através do dado oficial, o Payroll, o qual deve ainda desenhar um cenário de forte desolação no emprego nos EUA, porém há a esperança que após um ADP fortemente abaixo das expectativas, o mesmo ocorra com o dado oficial.
O problema é de medida, pois ainda que divulgados próximos, o ADP termina sua coleta posteriormente, daí servir quase como indicador antecedente do Payroll.
Ainda assim, há quem julgue que houve exagero nas projeções do ADP de maio, daí a possibilidade de um Payroll mais modesto.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelo Payroll.
Em Ásia-Pacífico, positivo, também na expectativa pelo mercado de trabalho nos EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda no geral, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e em Nova York, mesmo com baixo comprometimento dos produtores ao corte.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,98%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1184 / 1,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,053%
Dólar / Yen : ¥ 109,26 / 0,110%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,262%
Dólar Fut. (1 m) : 5113,30 / 0,39 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,01 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,07 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 25: 5,71 % aa (0,88%)
DI - Janeiro 27: 6,71 % aa (1,05%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8887% / 93.829 pontos
Dow Jones: 0,0454% / 26.282 pontos
Nasdaq: -0,6930% / 9.616 pontos
Nikkei: 0,74% / 22.864 pontos
Hang Seng: 1,66% / 24.770 pontos
ASX 200: 0,12% / 5.999 pontos
ABERTURA
DAX: 1,248% / 12585,69 pontos
CAC 40: 1,750% / 5099,68 pontos
FTSE: 0,914% / 6399,31 pontos
Ibov. Fut.: 1,03% / 93884,00 pontos
S&P Fut.: 0,823% / 3129,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,395% / 9649,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,52% / 64,69 ptos
Petróleo WTI: 1,76% / $38,29
Petróleo Brent: 2,63% / $41,16
Ouro: -0,36% / $1.705,63
Minério de Ferro: -1,54% / $98,85
Soja: 0,35% / $870,25
Milho: 0,15% / $329,75 $329,75
Café: -0,25% / $98,15
Açúcar: 1,79% / $11,94