Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - A XP Investimentos trocou as ações da Ambev (SA:ABEV3) pelas da Klabin (SA:KLBN11) na carteira Top 10 de março, para abrir espaço para papéis mais defensivos. A corretora também elevou o peso de Vale (SA:VALE3) de 10% para 15%, diminuindo da Ômega Geração (SA:OMGE3) de 10% para 5%.
Com isso, a carteira de março é formada por B3 (SA:B3SA3), Bradesco (SA:BBDC4), Klabin, Marfrig (SA:MRFG3), Tenda (SA:TEND3), Rede D’Or, GPA (SA:PCAR3) e Lojas Americanas (SA:LAME4), com 10% cada, e por Vale e Ômega Geração.
Em fevereiro, o portfólio teve queda acumulada de 7,7%, contra 4,4% do Ibovespa.
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Segundo os analistas, em relatório publicado neste domingo (28), apesar do forte desempenho da AmBev no quarto trimestre, com crescimento nas vendas de cerveja no Brasil assim como preços mais altos, as perspectivas de curto prazo para a empresa são incertas por conta da lentidão da vacinação e de bares e restaurantes ainda retomando operações.
Eles também citam que o câmbio e os preços mais altos das commodities devem continuar pressionando as margens da empresa, apesar das estratégias implementadas para mitigar esse efeito.
Com isso, preferem a Klabin, por acreditarem que a empresa não somente está bem posicionada no setor, mas também deve se beneficiar de um cenário macro positivo, com a retomada da economia.
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Os analistas também aumentaram o peso nas ações da Vale com base nas perspectivas positivas no médio prazo, com a manutenção da demanda por minério de ferro na China em 2021, impulsionada pelos estímulos econômicos no país, além da recomposição dos estoques de aço.
Eles escrevem, ainda, que a geração de caixa mais forte da companhia pode resultar em dividendos mais robustos, estimados em 8,6%.
Já a redução da exposição à Ômega Geração é uma forma de reduzir a exposição da carteira ao setor elétrico, devido ao cenário atual de volatilidade da curva de juros futura, apontam.