Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com - Os futuros em Wall Street estavam mistos na quarta-feira, após um novo pico para o S&P 500 na sessão anterior. Os investidores terão a chance de analisar os comentários da dirigente do Fed, Adriana Kugler, que se juntará a um coro de formuladores de políticas que farão declarações esta semana sobre a grande redução da taxa de juros do banco central na semana passada. No Brasil, prévia da inflação de setembro em foco.
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1. Mercados aguardam fala de Kugler, do Fed
Os futuros de ações dos EUA estavam mistos depois que o índice de referência S&P 500 fechou em um segundo recorde consecutivo de alta na sessão anterior.
Às 7h55 (de Brasília) o contrato S&P 500 futures havia caído 0,02%, o Dow futures subia 0,10%, e o Nasdaq 100 futures perdia 0,24%.
As principais médias de Wall Street fecharam no verde, acompanhando os ganhos obtidos em outros mercados internacionais após o anúncio da China de novas medidas de estímulo destinadas a rejuvenescer a atividade na segunda maior economia do mundo. As ações chinesas listadas nos EUA saltaram, enquanto as mineradoras de lítio e cobre avançaram com o aumento dos preços dos metais.
Entretanto, um relatório do Conference Board pesou sobre o sentimento, mostrando que a confiança do consumidor dos EUA caiu inesperadamente em setembro, devido a preocupações com a saúde do mercado de trabalho.
A dirigente do Federal Reserve, Adriana Kugler, deve discursar na quarta-feira, com os mercados ansiosos para ver se ela se tornará a mais recente formuladora de políticas a fazer comentários sobre o corte da taxa de juros da semana passada.
Kugler fará um discurso na Harvard Kennedy School às 17h (de Brasília), de acordo com o Fed. Mais autoridades do Fed estão programadas para fazer declarações públicas esta semana, incluindo o presidente Jerome Powell.
Na terça-feira, a dirigente do Fed, Michelle Bowman, defendeu sua decisão de votar contra o corte superdimensionado de 50 pontos-base na taxa de juros e apoiar uma redução mais tradicional de um quarto de ponto percentual, destacando que as principais leituras de inflação permanecem "desconfortavelmente acima" do nível da meta declarada pelo Fed.
Sua posição contrasta com a de várias outras autoridades do Fed no início desta semana, que argumentaram que o corte de meio ponto era necessário porque as taxas elevadas estavam colocando muita pressão sobre a economia em um momento em que a inflação parece estar desaparecendo e as tensões sobre a demanda de trabalho estão aumentando.
ACOMPANHE: Monitor de juros do Fed
2. EUA investigam SAP e Carahsoft por possível fixação de preços - Bloomberg News
O governo dos Estados Unidos está investigando a empresa alemã de software SAP e a revendedora de produtos Carahsoft sobre a possibilidade de cobrar a mais de agências governamentais por pelo menos uma década, informou a Bloomberg News na quarta-feira.
O Departamento de Justiça está investigando se a fabricante de software empresarial SAP conspirou ilegalmente com a Carahsoft para fixar preços mais altos nas vendas para o exército dos EUA e outras agências governamentais, informou a Bloomberg, citando registros de tribunais federais arquivados em Baltimore. A investigação está em andamento desde pelo menos 2022.
A Carahsoft - um importante fornecedor de software - teve seus escritórios na Virgínia invadidos na terça-feira por agentes do FBI e investigadores militares.
CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street
3. Ouro atinge novo recorde
Os preços do ouro caíram um pouco depois de atingir um novo recorde na quarta-feira.
Às 7h57, o ouro spot estava 0,07% mais baixo, a US$ 2,655.16 por onça. Anteriormente, havia atingido um recorde de alta de US$ 2.670,43 por onça no comércio asiático.
A perspectiva de taxas de juros mais baixas foi um ponto de apoio fundamental para o ouro, já que os investidores precificaram um custo de oportunidade mais baixo para investir em ativos não rentáveis. O ouro também teve alguma demanda de porto seguro provocada pelo aumento das tensões no Oriente Médio.
Os comentários desta semana dos palestrantes do Fed, bem como a divulgação do indicador de inflação preferido do Fed na sexta-feira, podem oferecer mais informações sobre o caminho a ser seguido pelos custos dos empréstimos.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
4. Petróleo cai
Os preços do petróleo caíram na quarta-feira, com os investidores reavaliando o provável impacto do novo estímulo monetário do principal importador, a China.
Às 7h58, o contrato Brent caiu 0,56%, para US$ 74,05 por barril, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) foram negociados 0,71% mais baixos, a US$ 71,05 por barril.
A diminuição dos estoques de petróleo bruto dos EUA forneceu algum apoio ao mercado, já que os dados do American Petroleum Institute mostraram na terça-feira que os estoques de petróleo bruto caíram em 4,34 milhões de barris na semana passada. Os números oficiais da Administração de Informações sobre Energia devem ser divulgados mais tarde nesta sessão.
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5. IPCA-15 no Brasil
Após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ontem, os investidores aguardam a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país. A expectativa consensual indica um aumento mensal de 0,29%, contra alta de 0,19% no mês anterior.
A aceleração deve ocorrer pela “menor deflação do grupo alimentação no domicílio, principalmente de alimentos in natura (especialmente as frutas), cereais e carnes, passagem aérea, que deve sair de uma deflação de quase 5% para uma variação próxima a +10%, e energia elétrica, reflexo do acionamento da bandeira vermelha 1 em setembro”, detalhou a Warren Investimentos, que espera uma alta igual à do consenso.
No entanto, a Warren enxerga uma um aumento menor na gasolina nesta leitura, assim como o grupo educação como um todo, diante da sazonalidade de reajustes.
Às 7h59 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) estava estável no pré-mercado.