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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta terça-feira

Publicado 30.03.2021, 06:27
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Por Geoffrey Smith e Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - Investidores devem reagir à dança das cadeiras dos ministérios brasileiros orquestrada pelo presidente Jair Bolsonaro, em resposta à pressão dos partidos de Centro.

No exterior, o dólar subia e o ouro caía com os rendimentos dos títulos americanos atingindo novas máximas antes do grande discurso do presidente Joe Biden sobre planos de gastos com infraestrutura.

A nova chefe do Centro de Controle de Doenças dos EUA confessou uma sensação de "desgraça iminente" à medida que as infecções e internações hospitalares pela Covid-19 começam a aumentar novamente.

Aqui está o que você precisa saber sobre os mercados financeiros na terça-feira, 30 de março.

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1. Troca-troca

A reforma ministerial brasileira desta segunda-feira (29) incluiu trocas na Casa Civil da Presidência da República, no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), no Ministério das Relações Exteriores, na Secretaria de Governo, no Ministério da Defesa e na Advocacia-Geral da União (AGU).

Dentre eles, os de maiores destaques foram a mudança do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, pelo até então Ministro-Chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, que, segundo o Estado de S. Paulo, atende às críticas de Bolsonaro de que a pasta estaria se recusando a atuar como ferramenta política contra governadores que decidiram adotar lockdowns para conter os números da pandemia.

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, com fontes, os comandantes do Exército, Marinha e Força Aérea decidiram colocar seus cargos à disposição do novo ministro da Defesa, o que deve ser decidido em reunião nesta manhã.

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Outro destaque das mudanças é a entrada da deputada Flávia Arruda (PL-DF) como ministra-chefe da Secretaria de Governo. Ela será a responsável pela articulação política do governo no lugar do ministro Luiz Eduardo Ramos, que irá substituir Braga Netto na Casa Civil.

Essa troca, segundo os jornais, agrada particularmente ao Centrão, que vinha pressionando Bolsonaro por mais interlocução dentro do governo.

Outra mudança relevante é a saída do Ministério das Relações Exteriores do agora persona non-grata do Senado Federal, Ernesto Araújo, que acumulou críticas às posturas radicais em relação à China e posicionamentos avessos à tradição brasileira na diplomacia. No lugar dele, entra Carlos Alberto França, diplomata considerado como mais comedido nos posicionamentos políticos.

2. Dólar sobe com rendimentos

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiam nesta manhã, puxando o dólar para cima e futuros de ouro para baixo, enquanto os mercados se preparavam para o anúncio dos planos de gastos com infraestrutura do presidente Joe Biden, em um discurso prevista para esta quarta-feira.

O dólar atingiu a maior alta em mais de um ano contra o iene e a maior alta em 4 meses e meio contra o euro, com apostas na recuperação econômica global reduzidas pelo cenário de alta de casos da Covid -19 em todo o mundo.

Perto das 7h30, horário de Brasília, o índice DXY, que acompanha o dólar em relação a uma cesta de moedas da economias desenvolvidas, subia 0,24% a 93,17, saindo do patamar de 93,192, o maior desde que a Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) e a BioNTech (NASDAQ:BNTX) (SA:B1NT34) anunciaram a primeira vacina em novembro.

O rendimento dos títulos de dez do Tesouro subia para 1,77%, maior patamar desde o início da pandemia, enquanto o rendimento dos de 30 anos avançava para 2,46%. O impacto do aumento dos rendimentos dos títulos e das taxas de hipoteca pode ser refletido nos dados de preços de moradias e da confiança do consumidor, que saem nesta terça-feira. O ouro recuava para baixo de US$ 1.689,30, menor patamar em três meses.

3. As vacinas lutam contra a "desgraça iminente"

Os EUA podem ser vítimas de uma quarta onda de Covid-19 se reabrirem a economia muito rapidamente, alertou Rochelle Walensky, a nova chefe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, na segunda-feira.

Walensky disse que a incidência de novas infecções e hospitalizações aumentou nos últimos dias, dando uma sensação de “desgraça iminente” à luz do que aconteceu na Europa no último mês.

Houve notícias mais otimistas de um estudo do CDC que mostrou que as vacinas baseadas em mRNA produzidas pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) interrompem 90% da transmissão de Covid-19. Os resultados sugerem que as vacinas devem mitigar efetivamente para pessoas vacinadas os riscos de aglomerações públicas.

O presidente Biden disse na segunda-feira que 90% dos adultos dos EUA seriam elegíveis para a vacinação até 19 de abril.

4. Lançamentos do Space ETF da ARK

Depois de todo o alarido, o novo fundo de índice com tema espacial de Cathie Wood será lançado na terça-feira.

O ARK Space Exploration ETF (ARKX) gerenciado ativamente terá 39 ativos. O segundo maior deles, com um peso de 6,1%, será o próprio ETF de impressão 3D da ARK (NYSE:PRNT), que caiu cerca de 22% em relação ao seu pico nos últimos dois meses.

Outros 9% são contabilizados pela empresa de comércio eletrônico chinesa JD.com (NASDAQ:JD) (SA:JDCO34) e pela fabricante japonesa de máquinas pesadas Komatsu (OTC:KMTUY). A Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34) e a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34), mãe do Google, também estão entre as participações, assim como a Virgin Galactic (NYSE:SPCE), que tem uma ponderação de pouco menos de 2%.

O ETF foi listado antes de uma onda de IPOs com tema espacial prevista para o final do ano.

5. Experimento da Amazon no Reino Unido sobre entrega de comida torna-se público

O que deve ser o maior IPO da Europa até agora neste ano está perdendo tamanho. A Deliveroo, startup de entrega de comida apoiada pela Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), precificou a oferta na parte inferior da faixa, a 7,6 bilhões de libras (US$ 10,5 bilhões).

A oferta foi ofuscada pela recusa de uma série de investidores institucionais de alto perfil, incluindo a Aviva (LON:AV), Standard Life (LON:SLA) e Legal & General (LON:LGEN).

Como acontece com muitas empresas no setor de entrega, a Deliveroo ainda não é lucrativa e a perspectiva regulatória piorou desde que a Suprema Corte do Reino Unido ordenou que a Uber (NYSE:UBER) (SA:U1BE34) tratasse seus motoristas como funcionários em vez de empresários.

A Amazon, que possui pouco menos de 20% da Deliveroo, enfrenta o próprio desafio de relações trabalhistas, com uma votação sobre a sindicalização de a força de trabalho em depósitos no Alabama. A votação é vista como possivelmente passível de estabelecer um precedente nacional.

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