Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - Apesar dos alertas de analistas de que o atual rali de alívio nas ações pode estar perto do pico, os clientes do Bank of America (NYSE:BAC) continuaram comprando ações nos EUA.
Jill Carey Hall, estrategista quant e de ações do BofA, observou que os clientes do banco foram compradores líquidos de ações nos EUA pela sexta semana consecutiva. Na semana passada, quando o S&P 500 fechou com uma alta de quase 0,4%, a entrada de fluxo dos clientes em ações do país totalizou quase US$ 1,8 bilhão.
Em um comportamento consistente com o visto nas últimas semanas, os clientes do banco compraram tanto ações individuais quanto ETFs, com destaque para clientes institucionais. Os clientes de varejo também seguiram enchendo o carrinho, pela sexta semana consecutiva, enquanto os fundos de hedge foram vendedores líquidos.
“Os clientes compraram ações em quatro dos onze setores, com destaque para tecnologia, que registrou sua quarta maior entrada de fluxo semanal em nosso histórico de dados desde 2008, e serviços de comunicação. Embora a maioria das empresas de tecnologia tenha superado as expectativas neste trimestre, consideramos que há o risco de o setor não ser tão defensivo quanto alguns investidores imaginam, ressaltou Carey Hall em nota aos clientes, acrescentando que as revisões de resultados do índice Nasdaq continuaram atrás das realizadas no S&P 500.
Por outro lado, houve grandes saídas de fluxo nos setores de saúde e consumo discricionário, sendo que este último registrou sua maior saída de capital desde o fim de junho. Os clientes do BofA também continuaram comprando ações de energia, ao passo que as maiores vendas foram realizadas no setor industrial.
“No ano, apenas utilidade pública e saúde têm entradas de fluxo cumulativo, sugerindo que os clientes não demonstram estar fazendo alocações na expectativa de uma recessão. A semana passada foi a primeira vez desde junho (e a segunda nos últimos três meses) em que os fluxos agregados em setores cíclicos foram mais negativos (ou menos positivos) do que os fluxo de entrada em setores defensivos”, concluiu o estrategista.