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Calendário Semanal: Fique por dentro dos principais assuntos da semana

Publicado 03.07.2022, 08:30
Atualizado 03.07.2022, 17:27
© Reuters.
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Por Noreen Burke e Leandro Manzoni

Investing.com - A Câmara dos Deputados deve aprovar a PEC dos Auxílios esta semana, após ser aprovada pelo Senado por 76 votos favoráveis e 1 contra na última quinta-feira. Os investidores também estarão atentos ao IPCA e a dados de atividades no Brasil.

Nos EUA, o destaque é relatório de empregos - o famoso payroll - na sexta-feira, que será anunciado após a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserva de quarta-feira. A lupa em busca de detalhes será acionada devido às preocupações com a perspectiva de um redemoinho de recessão.

Os mercados de ações dos EUA estão embarcando em um terceiro trimestre incerto após o pior primeiro semestre desde 1970, com o Federal Reserve (Fed) apertando rapidamente a política monetária para conter a inflação mais alta em décadas.

Enquanto isso, o banco central da Austrália parece pronto para aumentar as taxas em meio ponto percentual na quinta-feira, à medida que a inflação continua subindo.

Aqui está o que você precisa saber para começar sua semana.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. PEC dos Auxílios e aumento do prêmio de risco

A expectativa é que o mercado de juros futuros e dólar futuro continuem tensionados com a tramitação da PEC dos Auxílios na Câmara dos Deputados essa semana. A mudança na Constituição para que o governo possa criar e turbinar programas sociais e subsídios em combate à inflação elevada foi aprovada por 76 votos a favor e 1 contrário no Senado. Segundo a Necton Investimentos, a apreciação ágil entre líderes na Câmara deve ser rápida, com alterações pontuais no texto e aprovação antes do recesso parlamentar.

Na última semana, a curva de juros apresentou forte elevação, com os DIs longos subindo 20 pontos. De acordo com a XP Investimentos (BVMF:XPBR31), houve adição de mais prêmios nos trechos intermediário e longo com aumento da percepção de risco fiscal com a PEC abrindo espaço para gastos acima do limite do teto, a despeito da pressão externa contrária devido a receio com desaceleração da economia global.

O mercado de dólar futuro teve o mesmo comportamento. A moeda americana teve uma alta acumulada de 1,70% na semana, fechando a R$ 5,33. Foi a quinta alta semanal consecutiva.

Ainda na agenda política, o ministro da Economia Paulo Guedes será ouvido pela Comissão de Segurança da Câmara na terça-feira, e vai abordar o reajuste para policiais. Enquanto o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, será ouvido também na terça-feira (5) nas Comissões de Finanças e Tributação e de Minas e Energia junto com o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Ambos vão falar sobre o fundo de investimentos para financiar projetos de carbono.

CONFIRA: Curva de juros no Brasil

2. Payroll nos EUA

Dados econômicos recentes se somaram aos sinais de que a economia está esfriando em meio ao aperto agressivo da política pelo Fed, então os investidores estarão acompanhando de perto o relatório de folhas de pagamento não-agrícolas de sexta-feira sobre o desempenho do mercado de trabalho, dado o mandato de inflação/emprego do Fed.

Economistas esperam que 270.000 empregos tenham sido adicionados em junho, desacelerando em relação aos 390.000 no mês anterior, mas ainda fortes. A taxa de desemprego deverá permanecer estável em 3,6%, apontando para uma demanda ainda sólida, mesmo com a economia esfriando. Espera-se que os ganhos médios por hora tenham aumentado em 5% em uma base anual.

Um relatório de empregos mais fraco do que o esperado pode exacerbar os temores de uma recessão e reforçar o argumento para um ritmo menos agressivo de aumentos de juros, após o movimento mais recente de 75 pontos-base do Fed.

LEIA MAIS: Se o Fed Não Tem Nada Bom para Dizer sobre a Inflação, Melhor Não Dizer Nada

3. Atas do Fed e do BCE; aumento de juros na Austrália

Espera-se que o Fed avance com outro aumento de 75 pontos base na sua próxima reunião de julho, mas o caminho para setembro é menos claro.

As atas da reunião de junho do banco central a ser divulgada quarta-feira fornecerão aos investidores algumas informações sobre como os formuladores de políticas veem o caminho futuro das taxas de juros, à medida que os mercados permanecem focados na perspectiva de uma recessão.

Enquanto isso, o Banco Central Europeu deve publicar as atas de sua reunião de junho na quinta-feira, quando anunciou planos para entregar seu primeiro aumento da taxa de juros desde 2011 em julho, seguido por um movimento potencialmente maior em Setembro com a inflação da Zona do Euro a atingir um nível recorde.

No outro lado do Pacífico, os observadores do mercado esperam que o Reserve Bank of Australia (o Banco Central australiano) apresente outro aumento de meio ponto percentual na taxa de juros na terça-feira, enquanto tenta conter a inflação em máximas de duas décadas, marcando o que seria a primeira vez que já aumentou as taxas dessa magnitude em reuniões consecutivas.

Eles estão revisando suas expectativas desde o aumento de meio ponto do governador Philip Lowe's maior do que o esperado no mês passado, em vez dos 25 pontos básicos esperados.

O mais fraco dólar australiano está contribuindo para uma inflação mais alta, juntamente com o aumento do poder e dos custos trabalhistas. A guerra da Rússia na Ucrânia e os bloqueios na China, o maior parceiro comercial da Austrália, também exacerbaram as pressões inflacionárias.

CONFIRA: Projeção da taxa de juros do Federal Reserve nas próximas reuniões

4. Dados econômicos dos EUA e no Brasil

Os EUA devem publicar dados sobre abertura de empregos JOLTs para maio na quarta-feira, com o número de vagas a diminuir apenas ligeiramente para 11 milhões de 11,4 milhões em abril, o equivalente a quase duas vagas para cada desempregado americano.

A falta de trabalhadores qualificados disponíveis para preencher essas posições fez com que os salários aumentassem à medida que as empresas competem por mão de obra, alimentando a espiral de inflação mais rápida.

Os EUA também devem publicar o PMI de serviços ISM para junho, depois que o PMI industrial da ISM da semana passada apontou uma desaceleração nos preços de entrada de novos pedidos, juntamente com dados em encomendas de fábrica, reivindicações iniciais de desemprego e crédito ao consumidor.

Várias autoridades do Fed devem fazer aparições durante a semana, incluindo o presidente do Fed de Nova York, John Williams, falando na quarta-feira e novamente na sexta-feira, além do governador do Fed, Christopher Waller e o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard.

No Brasil, o foco será nos dados de atividades e de inflação. Segunda-feira é dia de conhecer os números da inflação de junho da cidade de São Paulo, o IPC-Fipe, às 05h00. Mais tarde, às 10h30, serão conhecidos os dados das contas públicas.

A produção industrial de maio e o PMI Composto de junho serão conhecidos na terça-feira. A expectativa dos investidores é de avanço mensal na produção industrial, projetando uma alta de 0,7% ante 0,1% no mês anterior. Na quinta-feira, será a vez do IGP-DI da FGV e as vendas no varejo.

Por fim, sexta-feira será o dia mais importante: a divulgação dos dados oficiais de inflação. A expectativa é de aceleração, com aumento de 0,47% para 0,7% em junho, enquanto na base anual a alta aguardada seja de 11,9%, ante 11,73% em maio.

CONFIRA: Cotação das ações brasileiras

5. Ações começam em alta no terceiro trimestre, apesar das incertezas

Os três principais índices de ações de Wall Street fecharam em alta na sexta-feira, recuperando-se das perdas iniciais do primeiro dia de negociação do terceiro trimestre, após o pior primeiro semestre do mercado de ações em décadas. Ainda assim, todos os três índices registraram perdas acentuadas na semana.

Os participantes do mercado estão agora se preparando para vários eventos potencialmente cruciais em julho que podem ditar a direção dos mercados nos próximos meses.

Os investidores estarão voltando sua atenção para o relatório de emprego de sexta-feira antes dos dados de inflação dos EUA da semana seguinte, que serão levados em consideração na tomada de decisão do Fed em sua próxima reunião de 26 a 27 de julho.

Os resultados do segundo trimestre começam a chegar em vigor na semana de 11 de julho, indicando se as empresas podem continuar cumprindo as estimativas, apesar do aumento da inflação e das preocupações com o crescimento.

- Com informações de Reuters

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