Por Ana Carolina Siedschlag
Investing.com - O Bossa Nova Investimentos, fundo de venture capital, captou na última quinta-feira (22) R$ 12 milhões de investidores pessoa física para investimentos em uma carteira de empresas sob o portfólio da companhia.
A captação, feita através da plataforma de investimentos Inco, foi por meio de Cédulas de Crédito Bancário (CCB) e com objetivo rentabilizar em cima das operações do Bossa Nova, que investe, acompanha e contribui para o crescimento de startups por 10 anos ou até o momento em que realiza a venda de sua participação.
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Segundo o prospecto da oferta, consultado pelo Investing.com, a rentabilidade projetada é de 2,75% ao ano, mais a parcela dos valores recebidos pelo fundo com a venda das startups do portfólio "CCB Brasil 3" ao longo de 120 meses.
O Bossa Nova, criada em 2015 por João Kepler e Pierre Schurmann, tem mais de 530 startups investidas no total, e, segundo a empresa, tem apresentado uma rentabilidade média no portfólio de 24,2% ao ano.
Já a Inco, que operacionalizou a oferta, é uma das startups aceleradas pelo fundo, e é especializada em investimento de renda fixa no mercado imobiliário.
Segundo representantes da plataforma, a ideia é adicionar no portfólio mais ofertas similares a essa, que permitam o acesso da pessoa física à carteira de startups de fundos de venture capital.
O que são fundos de venture capital?
A inovação que caracteriza as startups é um investimento de alto risco. Apesar de ter um crescimento rápido e escalável no curto prazo, uma startup precisa de financiamento para garantir a expansão, caso contrário o risco de falência é iminente. Fundos de venture capital entram em cena nesse momento, garantindo recursos financeiros para as startups possam continuar desenvolvendo seus produtos e serviços, mesmo que com prejuízo durante um período.
Em troca, as startups concedem uma participação acionária ao fundo, que garante um retorno sobre o investimento no longo prazo após vender sua participação quando a startup estiver madura.
Os fundos de venture capital realizam investimentos em startups após realizarem captação entre investidores interessados nesse tipo de investimento. Com o volume captado, cria-se uma carteira entre 12 a 15 startups com o objetivo de rentabilizar o dinheiro com a venda de startups que sobreviveram e se estabeleceram no mercado, assim compensando eventuais perdas com as fracassadas.
Cada fundo de private equity estabelece um retorno sobre as carteiras, apresentada no prospecto de captação de recursos.