Investing.com – 2025 será um ano de preservação de capital após dois anos de crescimento, argumentou o grupo suíço Julius Baer em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta semana. Indicadores do S&P 500 sinalizam que um topo estaria chegando, de acordo com o documento, mas haveria incerteza sobre quando ele ocorreria. Assim, o grupo afirma que “nunca antecipada o topo um bull market”.
“A fase final de alta de um bull market está quase sempre associada a um sentimento eufórico dos investidores, e os espíritos animais podem durar mais tempo do que a nossa capacidade de manter uma posição contrária”, esclarece o Julius Baer.
O grupo segue com a visão de que não enxerga qualquer risco de uma recessão iminente no mercado americano, mas alerta para possível retorno da preocupação com a inflação. Se isto ocorrer de fato, dinheiro e commodities seriam posição defensiva, enquanto títulos deveriam ser evitados.
“Com uma visibilidade limitada sobre o que o mercado espera, o cenário mais provável, na nossa opinião, é o regresso das pressões inflacionistas na economia dos EUA, o que acabaria por levar o Federal Reserve dos EUA (Fed) a apertar novamente as suas taxas de juros”, explicou Yves Bonzon, Group Chief Investment Officer do Julius Baer.
Alocação sugerida no início de 2025
O Julius Baer segue investido no início de 2025, mas ponderou que deve ajustar as carteiras para que haja uma diminuição do risco em algum momento do ano que vem.
“Estamos nos preparando para entrar em 2025 com um mercado de ações dos EUA todo-poderoso. O desempenho superior das ações dos EUA em relação ao resto do mundo em 2024 atingiu níveis quase sem precedentes”, completou Bonzon.
O portfólio é organizado com: 9% em liquidez; 35% em renda fixa; 53% em ações e 3% em investimentos alternativos.