Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 29 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Bolsas globais, em trégua dos investidores, operam em alta
Bolsas de todo o mundo tinham uma forte recuperação nesta sexta-feira, uma vez que a recuperação dos mercados asiáticos se espalhou para as bolsas europeias depois de uma turbulenta semana de vendas, já que os investidores temem que maiores barreiras ao comércio estejam próximas de se tornarem realidade.
Guerras comerciais já abalaram ativos do yuan chinês em ações de fabricantes de automóveis da Europa e eliminaram US$ 1,75 trilhão da capitalização de mercado das bolsas mundiais desde 12 de junho.
Bolsas europeias tinham forte alta nesta sexta-feira, com índices importantes subindo mais de 1%. No entanto, os índices europeus provavelmente fecharão com perdas na semana e no mês, já que a escalada da disputa comercial dos Estados Unidos com a China e a União Europeia cobrou seu preço.
Mercados asiáticos subiram em relação à mínima de nove meses uma vez que a China flexibilizou os limites de investimento estrangeiro e ofereceu aos investidores uma pausa temporária nos temores de guerra comercial. No entanto, mesmo com o salto de mais de 2% no Shanghai Composed da China, o yuan chinês sofreu seu pior mês, perdendo 3% em relação ao dólar em junho, com os investidores tirando dinheiro de um mercado que provavelmente sofrerá com maiores barreiras ao comércio.
Bolsas dos EUA parecem estar prontas para uma recuperação na sexta-feira, apesar de o Dow estar a caminho de uma queda semanal próxima a 1,5%. Às 06h48, o blue chip futuros do Dow ganhava 146 pontos, ou 0,60%, os futuros do S&P 500 subiam 12 pontos, ou 0,44%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 39 pontos ou 0,55%.
2. Resultados do teste de estresse fazem maioria das ações de bancos subir
Vários bancos norte-americanos registravam fortes ganhos antes do pregão desta sexta-feira, já que passaram nos testes de estresse mais rígidos do Federal Reserve, cujos resultados foram publicados após o encerramento da sessão anterior.
Embora o Fed tenha forçado alguns dos principais bancos de Wall Street a conter planos ambiciosos de disponibilizar dinheiro aos acionistas, isso ainda implicava um pagamento recorde aos investidores.
Os quatro maiores bancos do país — JPMorgan (NYSE:JPM), Bank of America (NYSE:BAC), Wells Fargo (NYSE:WFC) e Citigroup (NYSE:C) — disseram que irão distribuir mais de US$ 110 bilhões em dividendos e recompras de ações.
Goldman Sachs (NYSE:GS) e Morgan Stanley (NYSE:MS) foram impedidos de aumentar os pagamentos totais.
Dos 18 bancos nacionais e estrangeiros que enfrentaram a seção qualitativa do exame, o Deutsche Bank (DE:DBKGn) foi o único a receber uma objeção.
3. Dados a serem divulgados para fechar a semana
Um relatório regional da atividade industrial nos EUA, dados sobre a percepção do consumidor e uma atualização crucial sobre a métrica preferencial de inflação do Fed concluirão a divulgação desta semana de dados econômicos de primeira linha na sexta-feira.
Espera-se que o Núcleo do Índice de Despesas do Consumidor (PCE, na sigla em inglês) a ser divulgado às 09h30, a métrica preferida de inflação do Fed, mostre crescimento de 0,2% em maio e {{ecl- 905||crescimento de 1,9%}} em relação ao ano anterior, um pouco acima de 1,8% no mês anterior.
Os dados do deflator PCE, uma métrica da inflação baseada em mudanças no consumo pessoal, também estarão em foco após o aumento de 2% em abril.
O Índice da Atividade dos Gestores de Compras (PMI, na sigla em inglês) de Chicago tem divulgação prevista para as 10h45 e deverá mostrar uma leitura de 60,1, em queda a partir da leitura prévia de 62,7. Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor da indústria e abaixo disso indica contração.
O índice da percepção do consumidor de Michigan está previsto para as 11h00 e deverá apresentar uma leitura de 99,1, praticamente inalterada em relação ao mês anterior, ao passo que os dados sobre expectativas do consumidor também estarão em foco.
Os dados econômicos até agora nesta semana têm desempenhado um papel secundário nas manchetes relacionadas ao comércio, mas uma desaceleração no crescimento econômico dos EUA apresentada na quinta-feira pesou um pouco sobre os ânimos.
4. Nike sobe 10% após resultados trimestrais
Ações da Nike (NYSE:NKE) subiam quase 10% antes do pregão nesta sexta-feira após a icônica empresa de roupas esportivas ter divulgado vendas trimestrais de US$ 9,79 bilhões, superando as estimativas dos analistas de US$ 9,41 bilhões, graças a novos produtos lançados.
A Nike também anunciou, após o fechamento de quinta-feira, um plano de recompra de ações em um total de US$ 15 bilhões por quatro anos.
Em outras notícias positivas de balanços corporativos, KB Home (NYSE:KBH) teve ganhos de 4,2% em negociações após o pregão, já que a construtora apresentou resultados trimestrais que superaram estimativas tanto em termos de vendas quanto de lucros.
5. Petróleo em alta com foco na produção dos EUA
A cotação do petróleo estava em alta nesta sexta-feira, já que investidores aguardavam os dados que avaliam a produção dos EUA.
A apresentação semanal da atividade de extração, a ser feita pela Baker Hughes ainda nesta sexta-feira, mostrou na semana passada que o número de sondas de petróleo em atividade nos EUA caiu pela primeira vez em semanas, indicando sinais de aperto na produção dos EUA, embora o número total permaneça pouco abaixo da máxima de março de 2015 registrada na semana anterior.
No entanto, a produção de petróleo dos EUA permanece em níveis recordes de cerca de 10,9 milhões de barris por dia, informou a Administração de Informação de Energia do país na quarta-feira.
Participantes do mercado também irão monitorar possíveis atualizações sobre as sanções dos EUA com base nas preocupações de que os Estados Unidos possam permitir que alguns países continuem importando petróleo iraniano.
O petróleo disparou nesta semana e chegou à máxima de dois meses uma vez que a garantia da Arábia Saudita de aumentar a produção não conseguiu acalmar as preocupações de que interrupções do Canadá, Líbia e Irã afetariam os mercados globais.