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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta quinta-feira

Publicado 02.05.2024, 05:24
Atualizado 02.05.2024, 08:04
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com – O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, acalmou os ânimos dos investidores em Wall Street após a coletiva de imprensa pós-decisão de política monetária ontem, fazendo com que os principais índices futuros das ações dos EUA registrassem alta antes da abertura das Bolsas em Nova York.

No cenário corporativo, a Apple divulgará seu balanço após o fechamento dos mercados hoje. A expectativa é que haja uma queda na receita.

A OCDE divulgou projeções para o crescimento global, prevendo liderança dos EUA.

No Brasil, destaque para o lucro de grandes bancos, com o relatório trimestral do Bradesco (BVMF:BBDC4).

CONFIRA: Calendário econômico do Investing.com

1. Powell afasta temores de alta de juros nos EUA

Os comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, durante a coletiva de imprensa pós-reunião de política monetária do banco central dos EUA, acalmaram os ânimos dos investidores, ao manter a perspectiva de flexibilização.

O Fed manteve as taxas de juros estáveis, conforme amplamente antecipado, e Powell admitiu que a luta contra a inflação está levando mais tempo do que o previsto.

Contudo, praticamente descartou a chance de elevação das taxas de juros para este ano, um alívio diante dos últimos dados de inflação que vieram acima do esperado.

"Existem cenários para manter ou reduzir as taxas. A decisão dependerá dos próximos dados", declarou, indicando que um aumento nas taxas não está nos planos imediatos do banco central.

Powell destacou a importância dos dados econômicos, sendo o primeiro grande indicador pós-decisão o relatório de emprego dos EUA na sexta-feira, um dado que será analisado minuciosamente.

Prevê-se que o número de empregos adicionados nas folhas de pagamento não agrícolas dos EUA tenha sido de 243.000 em abril, uma redução comparada aos mais de 300.000 do mês passado, mas ainda refletindo um mercado de trabalho robusto.

"O maior destaque da coletiva foi o recuo de Powell em relação à possibilidade de aumentar os juros", comentaram analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS).

"Antecipamos dois cortes nas taxas de juros este ano, em julho e novembro, embora surpresas inflacionárias, mesmo que moderadas, possam postergar esses cortes."

Os futuros das ações dos EUA apresentaram alta na quinta-feira, enquanto os investidores absorviam as conclusões do último encontro do Fed, antecipando mais resultados corporativos e dados econômicos relevantes.

Às 7h50 (de Brasília), o contrato Dow futuros avançava 1%, o S&P 500 futuros subia 0,7%, e o Nasdaq 100 futuros aumentava 0,48%.

A declaração de Powell sobre a não elevação das taxas impulsionou o ânimo do mercado, após o índice Dow Jones Industrial Average ter registrado seu pior desempenho mensal desde setembro de 2022.

Mais dados econômicos serão divulgados na quinta-feira, incluindo os pedidos semanais de auxílio-desemprego, a produtividade dos trabalhadores no primeiro trimestre e os custos unitários da mão de obra, antes do aguardado relatório de empregos de abril na sexta-feira.

A temporada de divulgação de resultados também prossegue, com resultados de empresas como Moderna (NASDAQ:MRNA) e Peloton (NASDAQ:PTON) antes da abertura, seguidos por lançamentos tardios da Apple, Amgen (NASDAQ:AMGN), Coinbase (NASDAQ:COIN) e DraftKings (NASDAQ:DKNG).

A Qualcomm (NASDAQ:QCOM) surpreendeu positivamente com seus lucros após o fechamento na quarta-feira, enquanto a DoorDash (NASDAQ:DASH) reportou um prejuízo maior do que o esperado.

2. A Apple enfrenta uma forte queda na receita

A Apple (NASDAQ:AAPL) será a próxima Big Tech a divulgar seus resultados, com a previsão de que a fabricante do iPhone apresente seus números após o fechamento do mercado na quinta-feira, 2.

A expectativa é que a gigante da tecnologia registre sua maior queda de receita trimestral em mais de um ano, com analistas prevendo uma redução de 5% na receita total para o segundo trimestre fiscal, que terminou em março — a maior redução desde o trimestre de dezembro de 2022.

As vendas do iPhone, responsáveis por aproximadamente metade das receitas da Apple, devem ter uma queda de 10,4% nos primeiros três meses de 2024, segundo a LSEG. Esta é a maior redução em mais de três anos, à medida que a empresa enfrenta intensa concorrência, especialmente na China.

O mercado também está atento aos detalhes sobre o plano da Apple de incorporar IA generativa em seus iPhones, já que a empresa está em negociações com a OpenAI e com o Google (NASDAQ:GOOGL), pertencente à Alphabet, para incluir esses recursos.

Analistas acreditam que essa integração de IA pode impulsionar a demanda pela próxima geração do iPhone, que está prevista para ser lançada no outono.

ACOMPANHE: Cotações das ações americanas

3. EUA darão impulso ao crescimento global este ano, segundo OCDE

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima sua previsão para o crescimento global, impulsionada principalmente pela robustez da atividade econômica nos EUA.

A OCDE agora prevê que a economia mundial crescerá 3,1% em 2024, mesma taxa do ano anterior, e espera um aumento para 3,2% no próximo ano, atualizando as estimativas anteriores de fevereiro que indicavam um crescimento de 2,9% para este ano e 3% para 2025.

Entretanto, o grupo apontou que a velocidade das recuperações varia consideravelmente entre as diferentes regiões, com a retomada lenta na Europa e no Japão sendo compensada pelos Estados Unidos, cuja previsão de crescimento foi elevada para 2,6% este ano, frente à estimativa anterior de 2,1%.

Estimulado por medidas fiscais, espera-se também que o crescimento econômico da China supere as expectativas, com uma projeção de aumento de 4,9% em 2024 e 4,5% em 2025, contra 4,7% e 4,2%, respectivamente, em fevereiro.

4. Petróleo ganha força com queda do dólar

Os preços do petróleo subiam no início da manhã desta quinta-feira, recuperando-se após três dias de perdas, devido à queda do dólar após a reunião do Fed.

Às 7h50, os futuros do petróleo dos EUA estavam sendo negociados com alta de 0,66%, a US$79,52 por barril, enquanto o contrato do Brent registrou um aumento de 0,74%, cotado a US$84,06 por barril.

A principal razão para o aumento dos preços do petróleo foi a desvalorização do dólar, após o presidente do Fed, Jerome Powell, praticamente eliminar a possibilidade de um aumento da taxa de juros para este ano, conforme discutido na última reunião do banco central.

O petróleo, assim como muitas outras commodities, é cotado em dólares, e um dólar mais fraco facilita o aumento da demanda, tornando o petróleo mais acessível para compradores internacionais.

No entanto, os ganhos foram limitados após o petróleo ter atingido a menor cotação em sete semanas na quarta-feira, influenciado por um aumento inesperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA e pelos sinais de um possível cessar-fogo iminente entre Israel e Hamas, o que reduziria as preocupações com o fornecimento no Oriente Médio.

CONFIRA: Cotação das principais commodities

5. Lucro do Bradesco atinge R$4,2 bilhões no primeiro trimestre

O banco Bradesco reportou nesta quinta um lucro líquido recorrente de R$4,21 bilhões no período de janeiro a março, uma diminuição de 1,6% frente ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o resultado superou as projeções de analistas, que esperavam R$3,92 bilhões, de acordo com dados compilados pelo LSEG.

A rentabilidade medida pelo ROAE atingiu 10,2%, “impulsionado por menores despesas com PDD, controle de despesas operacionais e resultado das operações de seguros, mas ainda pressionado pela margem financeira com clientes”, informou o Bradesco em release de resultados.

De acordo com a instituição financeira, a carteira de crédito atingiu um ponto de inflexão neste trimestre. “Depois de contrair em 2023, iniciou trajetória de aumento que deve perdurar”, acredita o banco.

Às 7h50 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,90% no pré-mercado.

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