Investing.com - A economia dos EUA criou 256 mil empregos não-agrícolas em dezembro, segundo informou o relatório payroll do Departamento de Trabalho na manhã desta sexta-feira, 10 de janeiro. O número veio muito acima do esperado, que era de 164 mil vagas, superior ainda ao dado anterior de 212 mil (revisado de 227 mil). Além disso, a variação no total de empregos não agrícolas em outubro foi revisada para cima de 36 mil para 43 mil.
A taxa de desemprego recuou de 4,2% para 4,1%, abaixo do esperado. Já a taxa de participação de trabalhadores na PEA seguiu em 62,5%. Enquanto isso, a expansão do ganho médio por hora trabalhada foi de 0,3%, em linha com o esperado, abaixo do dado anterior de 0,4%.
Segundo comunicado oficial, o emprego registrou tendência de alta nos setores de saúde, governo e assistência social.
“Após subir no início do ano, a taxa de desemprego tem se mantido entre 4,1% e 4,2% nos últimos sete meses. O número de desempregados, que totalizou 6,9 milhões, também pouco mudou em dezembro”, apontou o Departamento.
O número de empregos não agrícolas somou 2,2 milhões em 2024, contra alta de 3,0 milhões em 2023.
"Analisando o payroll, vimos que a criação de empregos foi muito acima do que esperado. A taxa de desemprego ficou menor do que o esperado e o salário ainda teve um ligeiro aumento. Marginal, mas teve. Isso é ruim, porque mostra uma economia ainda aquecida, mostrando que há necessidade de mais juros e não de corte de juros. Então é ruim para os mercados”, aponta Fernando Bresciani, analista do Andbbank.
“Números muito fortes, reforçando a percepção de força do mercado de trabalho nos EUA, mas, felizmente, sem grandes pressões salariais”, avaliou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.
Após a divulgação dos dados, às 10h37 (de Brasília), os futuros da Nasdaq 100 Futuros caíam 1,14%, enquanto os da S&P 500 Futuros perdiam 0,93%, e Dow Jones Futuros estava em queda de 0,76%. O Ibovespa Futuros registrava desvalorização de 0,2% e o dólar no Brasil subia 1,19%, a R$6,1089.
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