🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Copom deve abrir as portas para fim do forward guidance em março, dizem analistas

Publicado 19.01.2021, 16:24
© Reuters.
HG
-
RC
-
ZL
-
BBAS3
-
MAL
-
MZN
-
NICKEL
-
DCIOF5
-

Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Banco Central deve, nesta quarta-feira (20), manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada no piso histórico de 2% e pode começar a sinalizar a provável retirada do forward guidance, ou orientação futura, na reunião de março, disseram analistas ao Investing.com Brasil.

LEIA MAIS: Copom inicia primeira reunião do ano para definir juros básicos

Segundo eles, o comunicado que acompanha a decisão do Comitê de Política Monetária, conhecido como Copom, não deve trazer grandes alterações em relação a dezembro, mas pode deixar a porta aberta para o fim da estratégia de pré-comunicar o futuro da taxa de juros.

“O cenário desde o último mês está relativamente estável, o que deve fazer com que o BC espere por mais informações sobre o avanço da inflação, os efeitos do fim do auxílio emergencial na atividade e o desenvolvimento da pandemia no país”, diz Fabio Ramos, economista do UBS BB (SA:BBAS3).

ENTREVISTA - UBS-BB: BC só deve retirar forward guidance na reunião de março

Para ele, o BC está na fase de normalização de juros, mas só deve começar a elevar a taxa, se elevar, a partir de junho, para chegar ao final do ano com 4%.

Inflação no radar

Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset, cita que o BC pode trazer algum comentário extra sobre o avanço da inflação no mundo, especialmente entre as commodities. Para ele, a preocupação do comitê será em analisar como essa alta de preços será repassada ao mercado doméstico.

LEIA MAIS: Itaú vê inflação maior e antecipa cenário de alta de juros para maio

O Índice Nacional de Preços do Consumidor Amplo, o IPCA, mostrou na última semana que os preços do óleo de soja dispararam 103,79% no acumulado de 2020, enquanto o arroz subiu 76,01%. No mundo, metais como o níquel e o cobre subiram 30% e 27%, respectivamente, enquanto o zinco e o alumínio avançaram 10% nos últimos 12 meses, altas repassadas à indústria do país.

O índice IPCA fechou o ano em 4,52%, enquanto a segunda prévia do IGP-M da Fundação Getulio Vargas, divulgada nesta terça-feira (19), mostrou avanço de 2,37% em janeiro, impulsionado pela alta de 26,78% do minério de ferro no período.

Marília Fontes, sócio-fundadora da Nord Research, cita que, apesar dos números da inflação causarem algum impacto à primeira vista, tirado o choque das commodities, os núcleos ainda permanecem controlados.

LEIA MAIS: FOCUS: Mercado eleva projeção para IPCA de 2021

“Os índices ainda refletem um choque nos preços de alimentos por conta dos problemas de oferta ocasionados pela Covid-19. Se expurgarmos isso, é possível ver uma inflação ainda está abaixo da meta”, defende.

Segundo ela, o BC pode começar com alguma alta marginal para a Selic a partir do segundo semestre, chegando a 2,5% no final do ano.

Sem pressa, por enquanto

Já Mauro Orefice, diretor de investimentos da BS2 Asset, diz que, para um BC menos dovish, ou menos suave com as taxas de juros, o país precisaria passar por uma deterioração das expectativas no front fiscal, uma volta do auxílio emergencial ou uma mudança brusca no exterior na postura, no momento benigna, para com emergentes.

LEIA MAIS: Preços de commodities no atacado pressionam e IGP-M acelera alta a 2,37% na 2ª prévia de janeiro, diz FGV

“Com a fraqueza no setor de serviços e o desemprego alto, na casa dos 15%, a economia vai precisar melhorar muito para que o BC comece a se preocupar mais com o avanço da inflação. Esses fatores ainda deprimem as perspectivas para uma recuperação robusta”, aponta.

Para ele, o BC não deve subir a taxa Selic tão rapidamente quanto a pesquisa Focus do BC, com analistas do mercado, precifica, a 3,5%.

O Copom divulga a decisão sobre a taxa e o comunicado a partir das 18h30 desta quarta.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.