Por Sam Boughedda
Em um relatório de pesquisa publicado na quarta-feira, a Chefe de Commodities e Ativos Reais S&P Dow Jones da S&P Dow Jones Indices, Fiona Boal, disse que as preocupações com a inflação nos alimentos e na energia impulsionaram os preços das commodities em maio.
"Registros de inflação recorde, embargos a exportações e proibições de importação ajudaram o S&P GSCI, referência geral das commodities, a apresentar outro ganho mensal em maio, terminando o mês com alta de 5,1% e trazendo seu desempenho acumulado no ano para 47,0%", escreveu Boal.
Ela acrescentou que a guerra entre Ucrânia e Rússia, que está perturbando o fluxo de commodities de energia e produtos agrícolas para fora desses países, forçou a alta nos mercados de energia e de grãos. Além disso, a perspectiva de juros mais elevadas e temores de recessão continuaram pressionando os mercados de metais, ao mesmo tempo em que o acordo da União Europeia sobre a proibição parcial do petróleo russo e a suspensão de algumas restrições relativas à Covid na China também alavancaram os preços de energia, ajudando a estender sua sequência de alta.
Boal explicou que uma "preocupação crescente entre os bancos centrais e outros stakeholders em relação à segurança alimentar serve para destacar a importância das commodities agrícolas para a economia global, tanto do ponto de vista social como ambiental".
Restrições graves às exportações de trigo da Ucrânia e da Rússia, "combinadas com o agravamento das perspectivas de safra na China, em partes da Europa e nos EUA, bem como a proibição de exportação por parte da Índia, um grande produtor, têm limitado os estoques e agravado as preocupações globais em matéria de abastecimento de alimentos. Consequentemente, os preços globais do trigo dispararam," concluiu Boal.
A energia tem maior peso no índice, sendo que o petróleo WTI representa a maior participação.