Há muitas boas razões para as ações do Walmart (NYSE:WMT) terem apresentando um bom desempenho neste ano. A megavarejista desafiou a ameaça de recessão, a prolongada guerra comercial com a China e a invasão dos varejistas digitais.
Quando a maior varejista do mundo divulgar seus números para o último trimestre amanhã, podemos ver uma resiliência parecida. O Walmart agora prevê vendas comparáveis na extremidade superior da sua faixa anterior de 2,5% a 3%, enquanto o lucro por ação pode ter uma leve alta ou queda neste ano, em comparação com a expectativa anterior de um pequeno declínio de um dígito.
No seu segundo trimestre, o Walmart registrou que as vendas comparáveis em suas unidades nos EUA haviam subido 2,8%, acima das estimativas dos analistas, graças a um ticket médio maior e ganhos de participação de mercado em alimentos, itens de bem-estar e brinquedos.
Se tudo sair como planejado, o Walmart deve registrar seu 20º trimestre consecutivo de tráfego positivo em suas lojas nos EUA. As vendas online, que estão contribuindo cada vez mais para o crescimento das vendas nas mesmas lojas, deve ter uma expansão de pelo menos 30% ano a ano.
Negociados a US$ 119,12 no fechamento desta terça-feira, os papéis do Walmart já subiram cerca de 30% neste ano, atingindo a máxima histórica de US$ 120,92 na semana passada.
Dois indicadores-chave de desempenho
Os investidores vão monitorar de perto dois indicadores-chave de desempenho amanhã: as vendas nas mesmas lojas e a expansão digital. A força das operações físicas do Walmart e sua expansão digital demonstrarão se a varejistas está conseguindo competir com a gigante da internet, Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (NASDAQ:AMZN).
Durante vários trimestres, o Walmart provou que sua enorme presença física lhe dá uma vantagem que nenhum outro concorrente tem. Impulsionadas pelas entradas de um dia para compras de supermercado pela internet, as vendas digitais nos EUA subiram 37% no segundo trimestre, levemente acima da taxa de crescimento esperada pela companhia para todo o ano.
Ao longo do ano, o Walmart também cortou significativamente as despesas na construção de novas lojas, dando preferência à sua presença online, redução de preços e adição de novos serviços nas lojas físicas, como a retirada de compras de supermercado pela internet.
Para competir com a entrega de um dia da Amazon (NASDAQ:AMZN), a varejista começou a oferecer entrega de um dia de graça para todos os EUA de milhares de produtos domésticos. A empresa espera conseguir alcançar 40% dos lares dos EUA com as entregas de supermercado até o fim deste ano.
“Estamos ganhando participação de mercado. Estamos prestes a superar nossas expectativas de resultados originais para o ano”, declarou Doug McMillon, CEO do Walmart, em um pronunciamento.
Além de a sua estratégia digital ter alimentado o crescimento, a força da economia norte-americana também está tendo um papel importante na melhoria da perspectiva de vendas do Walmart. A taxa de desempenho continua perto da mínima de 50 anos, enquanto outros dados econômicos apontam que os EUA continuarão crescendo a um ritmo estável.
Conclusão
Após uma grande disparada neste ano, as ações do Walmart podem parecer caras. Mas essa preocupação, em nossa visão, ignora o fato de que a varejista não é a mesma empresa de cinco anos atrás. Com seu sucesso no comércio eletrônico e fortes operações físicas, acreditamos que a ação tem mais espaço para subir. Outro forte desempenho trimestral justificará nossa visão altista para a varejista.