O ano de 2016 foi um ótimo ano para commodities . Em especial o Minério de Ferro e o Petróleo, que alcançaram mínimas em fevereiro de 2016 tiveram uma reviravolta e se recuperam significativamente ao longo do ano. Não à toa, o IBOV seguiu a mesma toada. O ano de 2017 começou com a polaridade invertida. Janeiro e fevereiro foram bons meses para o petróleo e minério mas a partir do final de fevereiro as coisas azedaram e as commodities de forma geral entraram em correção (fato que se nota no gráfico do DJ commodity Index). Interessante notar a coincidência na movimentação dos preços de commodities que aparentemente não tem qualquer ligação fundamental.
Agora essas duas commodities podem estar iniciando fase de recuperação. A análise aqui é puramente grafista. Pelo lado do óleo, temos um possível pivô de alta. O suporte de alta no canal de alta no RSI e suporte na banda de Boillinger lateralizada (condição onde funciona melhor como suporte) também fazem o caso para um rali. Por fim, a última perna de queda retraiu 38,2% (retração de ouro) de todo o rali desde de fev de 2016 até 2017. Por mais que não seja uma recuperação definitiva acredito em rali nas próximas semanas.
Petróleo e Minério de Ferro (Gráfico Dinâmico aqui)
O minério já apresenta um quadro mais difícil para os otimistas. A tendência é de queda franca. No entanto, temos uma região de suporte que pode muito bem funcionar. O RSI indica um estado de overbought com divergência de fundo no gráfico diário. Nada disso garante um rali mas não ficaria surpreso em ver o preço voltar a subir desta região.
O índice Dow Jones Commodity apresenta condição parecida com o petróleo. Pivô de alta mas com retração profunda. Suporte do canal de alta no RSI (gráfico diário). Um paralelo da situação atual pode ser traçado com a movimentação do último mês de agosto, no qual tivemos o que poderia ser chamada de onda 2 corrigindo quase 100% de onda 1 para em seguida disparar. A semelhança é grande tanto no price action quanto no RSI.
Índice Dow Jones de Commodities (Gráfico dinâmico aqui)
Os 4 gráficos mostrados abaixo são dos índices Dow Jones das 4 principais commodities para o mercado brasileiro, excetuando-se Minério de Ferro e Petróleo analisadas separadamente: Café, Soja, Gado e Açúcar. Coincidência ou não o Café, Soja e Açúcar estão sobre retração de fib de 77% em relação ao rali de 2016/2017 das commodities. Embora a correlação temporal deste rali não seja perfeita, ela existe e nos leva. Se o suporte de fibonacci funcionar, poderemos ver um rali também dessas commodities. Tal visão se alinha com o possível rali identificado no Índice Dow Jones de commodities (índice amplo) e com o viés de alta para o petróleo.
Quatro commodities especialmente importantes para o Brasil: Café, Açúcar, Gado e Soja (gráfico dinâmico aqui)
O ponto é: confirmando-se essa análise otimista destas commodities, elas poderiam nos tirar dessa espiral negativa na qual o IBOV entrou? Mesmo sem a aprovação das reformas? Em 2016 foi isso que aconteceu. O cenário político era pior e o econômico também. É uma lógica de soma de vetores. Não seria surpresa ver uma coincidência de ralis do mercado acionário brasileiro e de commodities. É uma lógica de soma de vetores.