Começamos a semana com dados mais fracos de China…what a surprise…todos têm decepcionado na margem. O que ressalva o viés especulativo e não sustentável do que se vê por lá. Calma, não estou dizendo que o mundo se deu conta que aquele crescimento é fake e que os ativos vão vir abaixo. Só estou dizendo que as bolhas geradas em 2016 vem sendo desinfladas. Saudável até!
E mesmo com dados mais fracos, não há pânico por lá.
Sabe por quê?
Porque o presidente chinês abriu a carteira, rs. Isso mesmo o governo chinês está agora fissurado com a ideia do ‘One Belt, One Road’
E está disposto a botar uma bela grana nisso!
Não sabe o que é isso? O tio explica:
É uma ideia megalomaníaca, mas MTO interessante. Basicamente os chineses querem criar um grande cinturão logístico que integra ferrovias, linhas marítimas e portos que possam integrar melhor o mundo. Ou ao menos o mundo deles, rs. Estão dispostos a investir US$ 100 bI!!!
Deixando de lado as críticas é uma ideia bem interessante e que pode dinamizar a economia. Naquela linha de que já que políticas monetárias não tem feito seu papel, deixe a política fiscal trabalhar.
Prometo que quando der eu quero ler estudar mais sobre esse programa…aí escrevo aqui.
Mas o fato é que isso e o acordo da entre Arábia e Rússia acerca do petróleo, estão ajudando os Basic Materials e consequentemente diversos ativos do setor de óleo, gás, mineração e siderurgia, os quais estão performando bem lá fora.
“When oil rises and China opens its cheque book, this helps to lift risk sentiment and act as a soothing balm even though geopolitical risks are rising after frequent cyber attacks all over the world and North Korea tested its most advanced missile over the weekend,” wrote Kathleen Brooks, research director at City Index.
Sei que isso é hoje, mas quis introduzir o tema porque talvez isso venha ser cada vez mais comentado. Quem estiver curioso, pode ouvir o podcast feito pela McKinsey: One Belt one Road podcast – McKinsey
Ahhh faltou falar que houve um acordo entre árabes e russos que está ajudando ao petróleo também.
CENÁRIO ATUAL
Penso que após um frenesi gerado por Trump + especulações chinesas nas commodities + reação da atividade global, temos visto os indicadores econômicos arrefecerem e obviamente isso gera diversas pergunta:
- S&P já não está caro demais?
- Será que o dólar deve estar tão forte assim?
- Será que tem realmente espaço para subir tanto a treasury como o mercado pensava que tinha?
- Essa alta de 12% do Euro Stoxx 50 desde fevereiro já não corrigiu o estresse que havia por conta da eleição francesa?
Respondo mais abaixo.
Mas antes, penso que a semana reserva importantes indicadores econômicos que podem nos dar pistas:
Segunda: empire state nos EUA e Theresa May falando no UK.
Terça: CPI e PPI no UK, percepção econômica Zew na Alemanha, PIB europeu, dados de housing e produção industrial nos EUA.
Quarta: dados do mercado de trabalho no UK; CPI na europa, estoques de petróleo nos EUA e preços de imóveis na China.
Quinta: vendas no varejo no UK; FED Filadéfia e pedidos de seguro desemprego nos EUA; discurso de Mario Draghi na Europa.
Sexta: PPI alemão.
Então, posso estar errado mas penso que existe espaço para realocação em emergentes. Já comentei aqui que os últimos dados de EUA não tem animado nada. Até vou fazer outro post atualizando isso, mas o meu último ainda segue bem atual:
EUA – MARIO PERDE O EFEITO DO COGUMELO
Economia americana segue não animando tanto assim muito e só aumentando as dúvidas do Sr. TaKaroNe.
Olhando um longo prazo, quem tem sido o patinho feio de anos. Só olhar o gráfico abaixo (verde = MSCI emergentes; azul = Europa; vermelho = US)
Isso reforça aquela ideia de que haveria sim muito dinheiro para fluir para emergentes…e Brasilzão pode ser um beneficiado.
E mesmo se tu fores olhar mais o curto prazo (desde a eleição do Trump, por exemplo) verás que os emergentes tem underperformado os demais mercados. Enfim, veremos.
BRASIL
Olhando internamente nós temos underperformado os demais emergentes! Mas vamos buscar! Ou melhor, estamos buscando já!
E se tu olhar com uma perspectiva mais de longo prazo, verás que estamos ainda muito longe do all time high da nossa bolsa:
Penso que as coisas seguem “on thack” (nos trilhos) apesar de alguns dados econômicos decepcionarem na margem…como comento no post sobre o Brasil:
Resumindo os 3 fatores/eventos do ano:
(i) Juros em queda;
(ii) Recuperação da atividade econômica;
(iii) Aprovação das reformas (ainda no “loading”)
Mas obviamente que preocupa a barreira psicológica dos 7o mil pontos.
O que pode fazer romper? A meu ver uma coisa: reforma da previdência!
Essa semana devemos acompanhar o desenrolar disso…provavelmente teremos finalmente uma data para votação trará o rompimento?
Fora isso seguimos aqui na torcida: #delataItaliano!!
Ahhhh e pode soltar o grito:
ACABOU A RECESSÃO!!!!!
Economia brasileira voltou a crescer no primeiro trimestre deste ano e saiu da pior recessão de sua história, segundo um indicador do nível de atividade divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (15).
O chamado Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária, o IBC-Br, registrou crescimento de 1,12% de janeiro a março deste ano, na comparação com o trimestre anterior.