Panorama de Mercado
Mais uma semana encerrada e nela tivemos o Índice Bovespa continuando seu mau humor, devido a tensão política em relação a Reforma da Previdência, fazendo mínima nos 91.584 pontos, uma queda total de quase 9 mil pontos após sua máxima histórica de 100.439 ainda no mês de março. Sendo assim, após uma tímida recuperação nosso índice mais importante, fechou a semana em 95.414,56 pontos, uma variação positiva de mais de 1,5%. Já seu derivativo, o Índice Futuro, fechou a semana na casa dos 95.340 pontos. Na segunda-feira (25/03) tivemos o Presidente Jair Bolsonaro orientando sua equipe a ter foco na Presidência e o Ministro da Economia Paulo Guedes e o governador de São Paulo João Doria Jr apaziguando os ânimos, a troca de farpas continuou na última quarta-feira (27/03). Na quarta-feira (27/03) o Ibov derreteu mais de 3,5%, dia da queda mais significativa da semana. Esse tipo de acontecimento tem deixado os investidores preocupados em relação a essa falta de articulação política no Congresso Nacional e o aumento do risco de fracasso no processo da Reforma da Previdência.
No cenário nacional, a turbulência política não foi apenas o desentendimento de Bolsonaro com Maia. O outro ponto da tensão referia-se ao tratamento do Palácio Planalto em relação aos deputados desgostosos com a forma com que o governo se relaciona com o parlamento. Nesta última semana de março, Bolsonaro saiu pela tangente quando o assunto era o protagonismo da articulação política, citando que não realizaria “troca de favores” para conseguir apoio para aprovar a reforma, argumentando ainda que “não teria o mesmo destino de antigos presidentes”.
No mercado internacional, os investidores começaram a questionar se os indicadores abaixo das expectativas econômicas nos principais países significam uma desaceleração ou uma recessão. A dúvida surgiu após a inversão da curva de rendimentos dos títulos americanos, onde os ganhos com papéis de curto prazo da dívida do governo americano são maiores do que os de longo prazo (isso ocorreu na crise do subprime em 2007). Em Pequim, representantes dos EUA e da China voltaram negociar o acordo comercial que dê fim ao embate comercial entre os dois países. Negociadores americanos disseram à Reuters (maior agência de notícias britânica) que a China está disposta a um acordo amplo de transferência forçada de tecnológico, o que animou os investidores. Por ser um tema sensível ao seu crescimento econômico, os chineses, no entanto, não se manifestaram a respeito do tema.
A seguir, temos o fechamento de alguns ativos e índices:
Índice Bovespa - 95.414,56 pontos;
Índice Futuro de IBOVESPA - 95.340 pontos
Petrobras PN (SA:PETR4) - 28,06 reais
Vale do Rio Doce (F:VALE3) - 50,93 reais
Banco Itaú (SA:ITUB4) - 34,43 reais
Banco Bradesco (SA:BBDC4) - 42,94 reais
Ambev (SA:ABEV3) - 16,83 reais
Dólar Futuro - 3.896,50 reais
Índice Dow Jones - 25928.68 pontos
Índice S&P 500 Fut - 2834.40 pontos
O que esperar para próxima semana...
Iniciamos a semana com vencimento de opções sobre Índice Brasil-50 logo na segunda-feira (01/04). Além disso, primeira semana do mês é semana de payroll, então teremos divulgação do relatório de empregos do EUA na sexta-feira (05/04). Sendo assim, sexta-feira é dia de cautela redobrada.
Fique atento para esses eventos (três touros):
- Segunda-feira - Núcleo de Vendas no Varejo (Mensal) (Fev) e Vendas no Varejo (Mensal) (Fev) às09:30he PMI Industrial ISM (Mar) às11h;
- Terça-feira -Núcleo de Pedidos de Bens Duráveis (Mensal) (Fev) às09:30h;
- Quarta-feira- Variação de Empregos Privados ADP (Mar) às 09:15h;PMI ISM Não-Manufatura (Mar) às 11h e Estoques de Petróleo Bruto às 11:30h;
- Sexta-feira- Relatório de Emprego (Payroll) não-agrícola (Mar) eTaxa de Desemprego (Mar) às09:30h;
Tenham uma excelente semana.
Liora Vanessa
Este conteúdo visa ambientar/informar os investidores de uma forma simples sobre como o mercado tem se comportado, jamais devendo ser considerado como indicação de compra ou venda de qualquer ativo.