- Os mercados encerraram agosto com tom otimista.
- Historicamente, setembro é conhecido por sua volatilidade.
- Mas indicadores apontam para uma possível quebra desse padrão.
Em agosto, o mercado se fortaleceu significativamente, com o S&P 500 fechando muito próximo de suas máximas históricas e o Dow Jones Industrial Average registrando um novo recorde.
Diversos setores-chave do mercado também alcançaram patamares recordes, como evidenciado pela valorização dos seguintes ETFs:
É notável que esta escalada ocorreu mesmo diante do pior mês das 7 Magníficas, em relação ao S&P 500, desde dezembro de 2022.
O S&P 500 registrou o maior número de fechamentos mensais em alta dos últimos nove meses, com novos picos alcançados em quatro meses consecutivos.
Essa conquista foi replicada apenas sete vezes desde o início dos anos 2000, com instâncias anteriores ocorrendo em junho de 2014, fevereiro de 2017, julho de 2017, novembro de 2017, janeiro de 2020, maio de 2021 e março de 2024.
Tal desempenho consistente indica uma clara tendência altista. Os meses de março e agosto de 2024 destacaram-se por fases extremamente fortes e robustas de alta histórica.
Além disso, o Invesco S&P 500 Equal Weight Technology ETF apresentou um fechamento mensal histórico.
Quais são os motores desta tendência altista?
Os fatores são os mesmos que têm sustentado o mercado nos últimos meses: contínua desinflação, um mercado de trabalho resiliente, dados macroeconômicos favoráveis, mudanças na política monetária e lucros do S&P 500 superiores ao esperado.
Ainda que setembro historicamente apresente o pior desempenho e a maior volatilidade para as ações, se os fatores atuais persistirem e o Federal Reserve reduzir as taxas de juros neste mês, conforme sugerido pelos dados mais recentes de inflação (PCE de julho), a tendência altista pode continuar.
O gráfico destacado ilustra as taxas de inflação do PCE de três, seis e doze meses, evidenciando uma tendência de desinflação contínua.
Com o crescimento real do PIB para o terceiro trimestre de 2024 revisado para 2,5% ao ano (de uma previsão anterior de 2,0%), a economia continua robusta.
Historicamente, uma desaceleração no crescimento do PIB antecedeu recessões desde 1980 (excluindo o período da covid), portanto, a atual aceleração no crescimento do PIB é um indicativo positivo.
Conclusão
Os dados atuais indicam que a economia está saudável e a tendência altista se mantém firme. Quem tentou contrariar essa tendência nos últimos meses enfrentou perdas significativas.
Com base nos fatores discutidos, setembro pode surpreender positivamente, contrariando as expectativas históricas.