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Ruídos Políticos no Radar

Publicado 06.08.2021, 12:39
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Repercutiu, e muito mal, a resposta do ministro Luis Fux, às bravatas incontroláveis do presidente. Fux salientou “as reiteradas ofensas e ataques do presidente aos ministros do STF”. Disse ele, “quando se atinge um dos integrantes atinge-se a corte inteira”. Disse também que “o presidente insiste em colocar em suspeição o sistema eleitoral”. Diante disso, estaria cancelada a reunião marcada entre os chefes de poderes. “Não temos visto o esforço de estabelecer o diálogo entre os poderes”.

Sim. Vivemos uma crise institucional no País. E esta deriva muito mais da incontrolável capacidade do presidente de tumultuar, de se comportar sem a devida liturgia, como se num palanque eleitoral estivesse. A impressão que se tem é que daqui para frente, o embate entre STF e presidente deve aflorar ainda mais. Não existe mais rito algum. É bate boca diário. Não sabemos até aonde o presidente pretende chegar com a conduta. Torce por uma ruptura? Pela intervenção militar? Sinceramente, não existe mais espaço para isso. Vivemos outros tempos, e a consolidação democrática é um “bem precioso” que a grande maioria da sociedade não parece disposta a abrir mão. Bolsonaro, com isso, se isola ainda mais, apenas com o apoio de cerca de 10% a 20% da sociedade, seus fiéis seguidores. 

Concordamos com a resposta dada pelo ministro Fux, mas devemos salientar algumas colocações, como, num “corporativismo” explícito”, a defesa dos membros do STF como um todo. É missão dele, como presidente temporário da casa, mas será que merecem defesa alguns destes ministros, dada sua atuação pregressa? Sabemos como atua a “segunda turma”, por exemplo, e que interesses permeiam muitos destes ministros. Cegar diante disso também não é uma atitude correta. Embora Luiz Roberto Barroso já tenha “batido” de frente, muitas vezes, com o ministro Gilmar Mendes, apagar isso não é salutar. Sim, o STF também vive uma crise de representatividade e negar isso não é honesto. A mecânica de colocar ministros “contaminados” politicamente, na minha visão, não é uma boa. O STF TAMBÉM precisa repensar o seu sistema de “representatividade”. Vivemos SIM uma crise de representatividade no País, ao meu ver, nos três poderes da Nação. No Judiciário, pelas ações nefastas de alguns ministros, se impondo ao todo, no Legislativo, pela extensa “folha corrida” da muitos dos parlamentares, e no Executivo, pela “fábrica de crise” que se transformou este presidente.  

Em resposta, num manifesto de empresários, em defesa da democracia e da urna eletrônica, o CEO do Credit Suisse (SIX:CSGN) do Brasil, José Olympio, bem disse que o país vive uma “crise dramática nas instituições, ou poderes da República”. Estes não conseguem “amortecer” as “loucuras” deste presidente. Para ele, a sociedade não pode assistir calada. “Seria como colocar um sapo na panela, em cozimento brando. A sociedade não pode assistir calada. Algo precisa ser feito”.

Sobre a pandemia

Especulações indicavam que a variante Delta possui um ciclo de vida próprio. ESTUDOS, a partir de dados na Índia e no Reino Unido, indicavam uma tendência bastante interessante no crescimento de casos. O ciclo de vida da variante atingiu o pico de 50 dias depois do seu crescimento. Já os EUA se aproximam de 15 a 20 dias do ciclo. A data-alvo implícita para um pico nos EUA é próxima de 26/08 a 29/08. Ontem, Tóquio relatou um recorde de novos casos de coronavírus, com as Olimpíadas nos seus últimos dias. Em paralelo, no Reino Unido, visitantes vindos da França não precisarão mais se isolar por 10 dias.   

No Congresso...

É esforço do bloco governista tirar do teto dos gastos a PEC o “parcelamento de precatórios”. Lembremos que esta PEC nem foi ainda encaminhada ao Congresso. Segundo o líder do governo, é objetivo equipará-la a uma “despesa de capital financeiro”. Isso proporcionaria um espaço de R$ 19 bilhões a serem usados nos programas sociais do governo. Lembremos também que estes precatórios, dívidas da União junto à empresas e pessoas físicas, equivalem a quase R$ 90 bilhões, uma verdadeira bomba para a gestão fiscal do governo. 

A Câmara aprovou o projeto de privatização dos Correios, por 286 a 173 votos. Incrível como ainda existam 173 deputados que se oponham. É fato que a maioria dos casos de corrupção acontecem nas empresas estatais, e o Correio sempre foi  foco. Soma-se a isso, a transformação deste mercado e a incapacidade do Estado de responder a isso. Este projeto de lei prevê que a iniciativa privada deva assumir as atividades hoje exclusivas da estatal. A previsão é de que este leilão aconteça no primeiro semestre de 2022. 

Ao fim do dia, a Comissão da Câmara acabou por rejeitar o parecer do voto impresso, por 23 votos a 11. Fim de papo. 

Indicadores 

Nos EUA, o déficit comercial norte-americano aumentou 6,7% em junho, a US$ 75,7 bilhões, reforçando a firme retomada em curso. 

No mercado

Nesta quinta-feira (dia 05), o Ibovespa operou em suave queda (-o,14%, a 121.800 pontos), depois de operar em boa alta na maior parte do dia, impulsionado pela Petrobras (SA:PETR4) (+7,88%), para perder fôlego ao final, depois de tantos ruídos políticos (já uma rotina). Já o dólar avançou forte, chegou a subir 1,60%, a R$ 5,270, para fechar o dia a R$ 5,2163 (+0,53%). No mercado de juro, as pontas curtas e intermediárias operaram pressionada, em elevação, e as longas, em queda. Nos DIs mais curtos, a visão é de que o BACEN será mais hawkish nas próximas reuniões do Copom e nos DIs mais longos, a leitura é de menor inflação no longo prazo. 

Nesta madrugada, no mercado asiático, os índices operaram mistos. A BOLSA Nikkei avançou 0,33%, Shanghai -0,24% e Hang Seng -0,11%. Na abertura da Europa, os mercados operavam entre estáveis e em leves baixas. DAX avançando 0,11%, FTSE 100 -0,08%, CAC 40 -0,08% e Eurostoxx50 -0,01%. No DXY, o avanço era do dólar era de 0,10%, a 92.347 pontos, os TNotes de 10 anos subiam 1,74%, a 1,238% e os barris de petróleo AVANÇAVAM, WTI a US$ 69,39 e Brent a US$ 71,64. Expectativa dos mercados quanto ao espalhamento da variante Delta e com os dados de mercado de trabalho dos EUA. 

Na agenda desta sexta-feira (dia 06), destaque para os dados de mercado de trabalho nos EUA, PAYROLL e taxa de desemprego. 

Boa semana a todos!

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