- Os mercados reagiram positivamente aos comentários de Jerome Powell.
- Aumenta a possibilidade de “pouso suave”.
- Fundos de hedge serão forçados a virar a mão para a compra, se os mercados não começarem a cair em breve.
- Índice composto da Nasdaq +1,9%
- S&P 500 +1,29
- Dow Jones Industrial +0,78%.
Havia muita expectativa para o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ontem. Em particular, os mercados estavam ansiosos para saber o que ele pensava sobre os fortes dados de emprego divulgados na sexta-feira.
Vale lembrar que a geração de empregos urbanos ficou três vezes acima do esperado, e a taxa de desemprego caiu para 3,4%, nível que não era visto desde a década de 1960.
A seguir estão os destaques das manifestações de ontem:
A inflação está desacelerando, embora tenha reiterado a necessidade de mais aumentos de juros. Em suas palavras:
“A tarefa de fazer a inflação convergir para a meta do banco central ainda precisa percorrer um longo caminho, diante do mercado de trabalho restrito”;
"Não esperávamos que [o relatório de empregos de janeiro] fosse tão forte, mas isso mostra por que acreditamos que esse processo [de queda da inflação] levará um tempo significativo, pois os mercados de trabalho estão extraordinariamente fortes”.
Inflação de 2% é uma prioridade
É positivo que a inflação esteja começando a cair e que isso não esteja ocorrendo em prejuízo ao mercado de trabalho. Neste momento, as altas de juros que os mercados estão esperando são de pelo menos duas (0,25% cada), levando a taxa para a região de 5,25%, e depois veremos como serão os dados mês a mês.
Com tudo isso em mente, como os mercados reagiram ontem?
Isso ocorreu após um repique inicial, uma queda e um fechamento muito forte. Certamente, o sentimento dos investidores mudou. Em 2022, eles venderam diante da incerteza. Em 2023, eles estão comprando.
Os dados sobre o volume de opções nos EUA são interessantes e mostram um significativo crescimento na atividade, juntamente com o rali do mercado.
Agora, vários investidores de grande porte (como os fundos de hedge), que estão subposicionados ou até vendidos em ações, podem estar prestes a ser forçados a cobrir suas posições e virar a mão para a compra, caso o mercado continue subindo de forma constante (como veremos), aumentando a força do rali.
Em termos de fundamentos, como o cenário mais realista é o de “pouso suave", provavelmente sem uma recessão, o lucro por ação deve ficar em torno de US$ 225 em 2023.
Devemos multiplicar o índice P/L em linha com o mercado (a média histórica é de cerca de 17), possivelmente removendo (2022) ou adicionando (2023) o efeito da especulação.
A única certeza é que os mercados são incertos. Consequentemente, não é o investidor, trader ou analista que “advinha” o cenário certo, mas aquele que é capaz de navegar bem o cenário de incerteza.
Aviso: Este artigo foi escrito apenas com fins informativos e não constitui qualquer solicitação, oferta, conselho ou recomendação de investimento, não tendo por objetivo incentivar a compra de ativos de nenhuma forma. Cabe lembrar que qualquer tipo de ativo é avaliado a partir de diversos pontos de vista e possui riscos; por isso, a decisão de investir e o risco associado são de sua inteira responsabilidade.