Publicado originalmente em inglês em 27/05/2021
Os mercados americanos estão registrando bastante volatilidade em maio. Muitos investidores estão preocupados com o alto valor de mercado das ações e se perguntando se os mercados já precificaram grande parte das boas notícias sobre a recuperação econômica após a pandemia. Também estão de olho nos níveis de inflação e em uma possível resposta monetária do Fed.
Para diversificar suas carteiras, os investidores podem achar interessante olhar outras classes de ativos e temáticas no mercado. Por isso, apresentaremos hoje dois fundos (ETFs) que podem ser interessantes para investidores que querem focar em mercados globais.
1. First Trust International Equity Opportunities
- Preço atual: US$66,91
- Média de 52 semanas: US$44,20 - 79,31
- Retorno do dividendo (Yield): 0,19%
- Taxa de administração: 0,70% por ano
O fundo First Trust International Equity Opportunities (NASDAQ:FPXI) fornece exposição a variedade de empresas líquidas fora dos EUA e que fizeram recentemente seus IPOs e desdobramento de ações em países desenvolvidos e emergentes. Os gestores do fundo geralmente investem em empresas que acabaram de abrir seu capital por aproximadamente três anos.
Já falamos sobre companhias que abrem seu capital através de uma oferta inicial de ações (IPO) ou via empresas com propósito específico de aquisição (SPACs). Nosso foco ficou concentrado em empresas americanas.
O FPXI, que possui 50 participações, segue o índice internacional IPOX. O fundo começou a ser negociado em novembro de 2014. As 10 maiores participações formam mais de 42% do patrimônio líquido do FPXI, que é de em torno de US$ 1,2 bilhão.
A alocação setorial é a seguinte: consumo discricionário (26,59%), seguido de tecnologia da informação (15,98%), serviços de comunicação (15,47%), saúde (12,29%), financeiro (9,11%), energia (7,46%), indústria (6,93%) e produtos básicos de consumi (6,17%).
Entre as principais empresas estão a gigante de energia Saudi Aramco (SE:2222), a plataforma de pagamentos online Adyen (AS:ADYEN) (OTC:ADYEY), a fornecedora de internet cingapurense Sea (NYSE:SE) (NYSE:SE), o grupo de telecomunicações japonês Softbank (T:9984) (OTC:SFTBY) e a empresa chinesa de gestão imobiliária Country Garden Holdings Company (HK:2007) (OTC:CTRYY).
Em termos de alocações por país, a China encabeça a lista com 22,37%. Em seguida vem Japão (11,09%), Arábia Saudita (9,46%), Suécia (9,14%), Holanda (8,64%) e Alemanha (8,62%).
Embora o fundo tenha atingido a máxima histórica a US$ 79,31 em 16 de fevereiro, até agora no ano registra queda de mais de 3%. Mas, no ano passado, o FPXI subiu quase 50%. Um declínio maior em direção a US$ 64 ou abaixo disso melhoraria a margem de segurança para investidores de longo prazo.
A First Trust também oferece um fundo temático similar, o First Trust IPOX Europe Equity Opportunities (NASDAQ:FPXE). Ele investe nas 100 maiores empresas economicamente ligadas à Europa e recentemente abriram seu capital. Até agora no ano, a FPXE já entregou um retorno de cerca de 33%.
2. SPDR® EURO STOXX 50
- Preço atual: US$37,32
- Média de 52 semanas: US$24,29 - 41,27
- Retorno do dividendo (Yield): 1,65%
- Taxa de administração: 0,29% por ano
O fundo SPDR® EURO STOXX 50 (NYSE:FEZ) investe em 50 empresas europeias de grande capitalização. Desde a sua criação, em outubro de 2002, seu patrimônio líquido já alcançou US$ 2,54 bilhões.
O FEZ segue o índice Euro STOXX 50. Os setores mais importantes são: consumo discricionário (18,55%), TI (15,93%), indústria (13,92%), financeiro (13,65%) e materiais (9,84%). Em termos de divisão geográfica, França, Alemanha e Holanda têm a maior contribuição, com mais de 80%.
Os 10 principais nomes formam 41% do patrimônio do fundo. A gigante de semicondutores ASML (AS:ASML) (NASDAQ:ASML), o peso-pesado do setor de luxo LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton (PA:LVMH) (OTC:LVMUY), o grupo de engenharia e gás industrial Linde (DE:LINI) (NYSE:LIN) e a empresa de software SAP (DE:SAPG) (NYSE:SAP) lideram os nomes da carteira.
No acumulado do ano, o fundo já se valorizou 16% e atingiu sua máxima histórica recentemente. No início do ano, a vacinação caminha a passos lentos na maior parte da Europa continental. Mas, nas últimas semanas o ritmo vem acelerando. Com isso, o número de casos de Covid-19 caiu, e muitos países começam a abrir gradativamente suas economias. O sentimento positivo favoreceu diversas ações europeias.
Mas, como o FEZ também se valorizou cerca de 56% nos últimos 12 meses, é possível que haja alguma realização de lucro. Acreditamos que um declínio até pelo menos US$ 45 melhoraria a margem de segurança. No geral, gostamos do fundo já que facilita o investimento em alguns dos principais nomes europeus sem ter que selecionar as empresas individualmente.