Para a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (NASDAQ:GOOGL), empresa controladora do Google, é mais importante do que nunca mostrar aos investidores que a gigante dos mecanismos de busca continua gerando crescimento, no momento em que enfrenta uma das mais intensas investigações antitrustes da atualidade.
De fato, apesar desse ambiente regulatório incerto, não há qualquer sinal de queda nas despesas com publicidade digital. Por essa razão, os analistas esperam um crescimento de 19% nas vendas do Google (NASDAQ:GOOGL), para US$ 40,3 bilhões no terceiro trimestre, e praticamente o mesmo crescimento para o atual ano fiscal.
Mas o aprofundamento do escrutínio significa que uma receita aquém das expectativas para a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) pode provocar um grande movimento negativo em suas ações. Seus papéis fecharam o pregão de sexta-feira a US$ 1.264,30 e já registram alta de 13% no ano. As ações da empresa estiveram sob pressão durante a maior parte deste ano por preocupações de que os elevados gastos prejudicariam seu faturamento.
A Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e a Amazon.com (NASDAQ:AMZN) (NASDAQ:AMZN) estão entre as empresas sob exame do conselho antitruste do Departamento de Justiça dos EUA, que deseja saber se as maiores empresas de tecnologia do mundo estão inviabilizando a concorrência.
O chefe do conselho antitruste do Departamento de Justiça, Makan Delrahim, declarou, em uma conferência de tecnologia promovida pelo Wall Street Journal neste mês, que “está perfeitamente sobre a mesa” a possibilidade de desmembramento de uma empresa de tecnologia, se a investigação levantar evidências razoáveis.
Paralelamente, os advogados-gerais de 48 estados norte-americanos, a Comissão Federal de Comércio, os comitês congressuais dos EUA e a autoridade antimonopólio da Europa também estão investigando a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e outras gigantes da tecnologia.
A grande vantagem competitiva do Google (NASDAQ:GOOGL)
Não é a primeira vez que o Google (NASDAQ:GOOGL) enfrenta investigações antitrustes. A empresa teve que lidar com um longo inquérito federal encerrado em 2013, que não causou danos significativos à empresa. Desta vez, no entanto, a dimensão e a abrangência dessas investigações podem gerar pânico entre os investidores e incerteza quanto a suas ações.
O que os investidores querem saber é se devem continuar focados nos fundamentos da empresa ou começar a levar em consideração o possível resultado adverso dessas investigações, que podem levar anos.
Em nossa visão, o Google (NASDAQ:GOOGL) é uma empresa com uma vantagem competitiva tão grande que é quase impossível desafiá-la. Mais de 90% de todas as pesquisas na internet são feitas através do Google e da sua subsidiária, o YouTube. Todos os dias, o Google processa 3,5 bilhões de pesquisas, o que faz com que sua plataforma seja a mais valiosa para os anunciantes.
Isso significa que as empresas têm poucas opções de plataformas para anunciar, a não ser a do Google (NASDAQ:GOOGL). Graças à sua enorme presença na internet, a gigante dos mecanismos de busca domina o mercado publicitário digital, com 40% de controle do mercado mundial.
É praticamente impossível prever o resultado dessas investigações regulatórias e seu impacto nos negócios do Google (NASDAQ:GOOGL), mas se a história servir de base, tais investigações geralmente terminam com uma grande multa e a imposição de mudanças nas práticas internas da companhia. O Google já lidou com isso recentemente na Europa, sem perder participação de mercado por lá.
A companhia, com sua forte musculatura financeira, está na vanguarda das inovações tecnológicas que impulsionarão o crescimento futuro e podem ajudar a diversificar suas receitas além da publicidade. Em particular, a tecnologia de direção autônoma nos carros oferece a maior oportunidade de todas para a Alphabet (NASDAQ:GOOGL).
De acordo com uma nota recente dos analistas do Deutsche Bank, somente os negócios de nuvem da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) já valem US$ 225 bilhões. A unidade pode divulgar um crescimento anual composto de 55% entre 2018 e 2022 e atingir vendas anuais de cerca de US$ 38 bilhões até 2025, segundo os analistas.
Conclusão
O Google tem poder financeiro e estratégia de crescimento futuro capazes de lidar com quaisquer desafios representados por ações regulatórias e pela maior concorrência. Os rumores criados pelas últimas investigações antitrustes, em nossa visão, não devem tirar a atenção dos investidores para o que ela tem a oferecer. Se seus vetores tradicionais de crescimento ficarem intactos e a companhia se posicionar para garantir uma grande parcela das novas áreas de crescimento, não há qualquer razão para não continuar acreditando nas ações da Alphabet (NASDAQ:GOOGL).