Caro(a) Trader
Esta foi uma semana intensa na agenda e esta sexta ainda teremos um importante indicador: o nonfarm payroll americano. Semana que vem os destaques começam no domingo, com o PMI chinês. A segunda começa com mais PMIs, desta vez na Europa e nos Estados Unidos. Na quarta teremos a oferta de emprego e estoques de petróleo americano. Quinta é a vez da balança comercial chinesa e alemã, IPCA no Brasil, decisão da taxa de juros no Reino Unido e índices de preço na China. E o último dia da semana promete ser mais calmo, com somente os números da produção industrial do Reino Unido.
Hoje vamos estrear o acompanhamento de um novo ativo, o S&P 500.
Diversos players vêm anunciando que esperam uma correção nas bolsas americanas. Alguns acreditam em uma correção brusca. Estas avaliações estão muito ligadas a espetacular trajetória de alta dos preços, que pode ser constatado no gráfico do S&P 500, praticamente sem nenhuma tomada de folêgo durante semanas. Em qualquer direção de tendência é normal se esperar correções ao longo do caminho. São movimentos naturais de realização dos lucros, reavaliação dos cenários. Estabelecendo regiões de inflexão nos preços, que servem como indicadores para o mercado de onde poderá haver uma reversão. Ao olharmos o gráfico é possível observar a grande distância que os preços estão destas possíveis regiões (seta amarela para linhas tracejadas brancas). Por isso, ao esperar uma correção, os players entendem que pode haver espaço para uma queda brusca. Outra métrica é a LTA de longo prazo vermelha que tracei no gráfico, ela está ligando duas mínimas destacadas nos preços entre 2015 e 2016. Vejam a distância que a LTA se encontra dos preços.
Quando poderá vir esta correção? Ninguém sabe. O mercado pode até continuar sem corrigir, por semanas, meses e até anos. Precisamos aceitar que os preços podem tudo. Porém, vale ficar muito atento aos mercados e aos possíveis catalisadores de uma correção. Alguns analistas tem preocupação com o aumento que está ocorrendo na ponta longa dos juros de longo prazo americano. Qual seria o patamar de juros que prejudicaria o financiamento das empresas, levando a diminuição das expectativas? Também o catalisador poderia ocorrer por algum aumento inesperado nas taxas de juros pelo FED, ou alguma mudança nas previsões futuras por parte do banco central americano ou de algum outro banco central de peso. Lembrando que vivemos tempo de excesso de liquidez nos mercados.
Os últimos movimentos de alta foram impulsionados pelo corte de impostos promovido por Trump. Será que a diminuição da taxa tributária vai se traduzir no médio e longo prazo no crescimento da economia americana? São muitas perguntas sem respostas e muitos possíveis catalisadores. Inclusive aqueles que ninguém espera. Por isso, nós traders, precisamos considerar estas questões aos operarmos, para sempre estar prontos e protegidos para uma mudança repentina de direção.
Até a próxima semana e bons trades.
Por Leo Felipe Senger (Equipe Youtrading)