No terceiro trimestre a indústria brasileira já havia sofrido uma queda 0,90% (o que ajudou a derrubar o PIB brasileiro), agora já no mês de outubro uma queda de 0,60% contra setembro e para novembro uma queda na venda de novos veículos que ultrapassa os 20%.
Olhando para um horizonte de outubro, novembro e dezembro para o setor industrial, a situação não está nada fácil e se olharmos uma janela mais ampla para as duas últimas décadas, o cenário é deprimente. Voltamos para um nível de indústria de 2014, o que nos leva a pensar nos cenários de oferta e demanda, sendo a OFERTA diretamente ligada a crise generalizada de insumos e desestruturação das cadeias produtivas, principalmente a falta de chips semicondutores, pois hoje não se faz mais carros sem esse componente tecnológico. Esse não é um problema único e exclusivo do Brasil e, sim, no mundo todo.
Dificuldades do lado da DEMANDA, ligadas ao desemprego muito elevado, recessão, choque de juros e aumento do custo do endividamento das famílias. Se antes você comprava um carro financiado com taxa de 0,80% mês, hoje, sei lá, esse mesmo financiamento gira em torno de 1,3% ou mais. O resultado é isso que estamos vendo na economia.
Para concluir: Conforme já escrito acima esse cenário complexo não é uma exclusividade do Brasil, no meu entendimento essa elevação de taxa Selic só vem a corroborar para um cenário ainda mais complexo e difícil para o Brasil.
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