Em recessões anteriores, a dor econômica nos Estados Unidos costumava ser suavizada pela queda nos rendimentos dos títulos e pela valorização do dólar, o que resultava em juros mais baixos e fortalecia o poder de compra dos consumidores. Desta vez, porém, a dinâmica é diferente. Os rendimentos dos títulos permanecem elevados, e o dólar está longe de apresentar valorização.
Famílias e empresas estão enfrentando crédito mais restrito, inflação persistente e redução de incentivos financeiros. Sem os tradicionais amortecedores, o impacto da desaceleração econômica poderá ser consideravelmente mais severo.
Fonte: FT
Revisões para baixo pelo FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou de maneira drástica suas projeções de crescimento global para 2025 e 2026, atribuindo a mudança às tarifas norte-americanas e à intensificação das tensões comerciais. A instituição reduziu suas estimativas de crescimento para os Estados Unidos, China e diversos outros países, alertando que disputas comerciais contínuas podem deteriorar ainda mais a atividade global.
Na terça-feira, o FMI divulgou uma atualização do World Economic Outlook, compilado apenas dez dias após o presidente Trump anunciar tarifas universais sobre quase todos os parceiros comerciais, além de elevações tarifárias sobre muitos países — medidas que, no momento, encontram-se suspensas.
O FMI reduziu sua previsão de crescimento global em 0,5 ponto percentual para 2,8% em 2025 e em 0,3 ponto para 3% em 2026, ante estimativas anteriores de 3,3% para ambos os anos. Além disso, a entidade informou que a inflação deverá recuar de forma mais lenta que o esperado, atingindo 4,3% em 2025 e 3,6% em 2026, com revisões expressivas para cima nas projeções de inflação dos EUA e de outras economias avançadas.
O FMI descreveu o relatório como uma "projeção de referência", baseada em dados disponíveis até 4 de abril, ressaltando a situação global complexa e em rápida transformação.
Fonte: FT, TRT World
Retaliação entre China e Estados Unidos
Embora a administração Trump tenha concedido uma suspensão tarifária de 90 dias à maioria dos países, a China ficou de fora dessa lista. As tarifas sobre produtos chineses saltaram para impressionantes 145%. Contudo, após semanas de medidas retaliatórias mútuas, o tom ameaçador deu lugar a uma postura mais cautelosa. "145% é muito alto e não será tão alto", declarou Trump a repórteres durante uma sessão de perguntas e respostas no Salão Oval. "Não chegará nem perto disso. Vai cair substancialmente. Mas não será zero."
O processo de desacoplamento da maior potência manufatureira do mundo é mais complicado do que parece, especialmente considerando que as cadeias de suprimentos americanas ainda dependem fortemente da produção chinesa. De acordo com a Organização Mundial do Comércio, as exportações chinesas para os Estados Unidos devem encolher 77% em 2025. Em contrapartida, as vendas da China para o restante da América do Norte devem crescer 25%.
Fonte: Statista @StatistaCharts, WTO
Você só perde quando vende
O S&P 500 apresentou retorno médio anual de 11% desde 1950, mesmo enfrentando uma queda média intraperíodo de 14%, além de correções muitas vezes ainda mais acentuadas. A lição? Volatilidade não equivale a perda financeira definitiva — a menos que se venda.
Fonte: Peter Mallouk
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