Há 2 semanas atrás, mais especificamente nos dias 19 e 25 de julho, tivemos o índice Dow Jones sinalizando, no gráfico de 4 horas (H4), a presença de força vendedora nesta periodicidade gráfica. Chegamos a mencionar isso no nosso Instagram.
Se analisássemos com mais atenção, poderíamos notar também que o índice Dow Jones vinha de uma alta de vários dias que foi seguida de uma congestão.
No dia 31, observamos uma queda muito forte. Os mercados de maneira geral reagiram mal ao anúncio de uma nova camada de sobretaxas aos produtos chineses, que fora anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Neste dia a congestão foi rompida para baixo.
Na última 6a. feira, os dados de desemprego nos EUA, foram o estopim para a continuidade do movimento de queda no dia 31.
Quando analisamos outros índices globais, pode-se notar no gráfico diário (abaixo) que aparentemente os vendedores estão no controle. Especialmente no caso da Alemanha que na última semana teve uma linha de tendência de alta perdida.
A tabela abaixo mostra como se deram, na última semana, as variações % nos principais índices globais, Petróleo e Minério de Ferro. Um banho de sangue, como diriam os jornalistas mais alarmistas. Mas nada diferente do que havíamos citado no nosso artigo do dia 21 de julho.
Quando analisamos o índice futuro do Brasil isoladamente, podemos notar que o mercado praticamente atingiu o primeiro alvo da queda bem próximo dos 101.000 pontos e reagiu, tendo fechado a semana em 102.814. Continuam valendo os alvos de 100.542 e 98.467 pontos respectivamente, na hipótese de continuidade do movimento de queda. As resistências mais imediatas situariam-se na região de 103.800 e 104.000 pontos respectivamente.
O Petróleo, por sua vez, continua oscilando dentro do que parece ser a formação de um triângulo. Somente o rompimento das extremidades (52 ou 58) poderia indicar um momento de expansão mais amplo para o ativo.
Vale (SA:VALE3) comentar que o índice DXY, que compara o dólar com uma cesta de moedas globais, fechou no gráfico semanal com um padrão de candle que normalmente indica reversão de tendência prévia. Caso isso se confirme poderíamos ter um arrefecimento do estresse global e a consequente desvalorização da moeda americana no curto prazo.
No Brasil a moeda americana teve uma semana de valorização com o aumento da percepção de risco dos investidores. Na próxima semana, a depender da ata do Copom, poderemos vislumbrar com mais clareza as perspectivas futuras da taxa de juros do país e suas influências sobre a moeda americana, ao passo que a redução da mesma tende a favorecer investimentos no país e pressionar o valor do dólar para baixo.
Olhando para o calendário econômico, no decorrer da semana teremos vários eventos que normalmente trazem mais volatilidade aos mercados. Destaque para os eventos de 2a. e 6a. feira que podem impactar a moeda Inglesa. Sumarizamos abaixo, o calendário divulgado pela Investing.com.
Forte abraço, e....Bora pra cima !!!
Sobre o autor: fundador do blog Metanoia Trading, começou a estudar sobre o mercado financeiro em 2004, quando participou da 2a. turma do Curso Intensivo de Análise Técnica da LS (Leandro e Stormer). Foi Diretor de Corporate Finance na PwC (PricewaterhouseCooopers) até 2016. Atualmente, além de atuar como trader autônomo, tem sua própria empresa de consultoria, onde dedica-se à assessorar processos de fusões e aquisições (M&A).