Na última semana tivemos os mercados perdendo força, após um movimento consistente de alta, que fora observado nas semanas anteriores.
Os índices americanos abriram e fecharam a semana em leve queda, excetuando-se Nasdaq que manteve-se estável. O índice Japonês recuou -1,8% e o #DAX (Alemanha) apreciou-se +0,5%.
No Brasil, nosso índice futuro manteve-se no mesmo patamar do início da semana, na região de 118.600 pontos, apesar de ter feito nova máxima, na região de 120.000 pontos.

Petróleo e #inério de ferro desvalorizaram-se, com destaque para o Petróleo: -8,6%. O quadro abaixo sumariza as variações percentuais observadas nestes ativos, na última semana.
Graficamente o DXY, que é um índice que mede o valor do dólar dos Estados Unidos em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, parece ter o caminho livre para retestar a região de 98.200-98.800 pontos, que poderia representar uma variação percentual entre +0.4% e 1,0%. Geralmente, uma apreciação do dólar pode ser prenúncio de aversão ao risco e é bastante comum ver as bolsas caírem, quando esta trajetória e confirma.

Analisando o gráfico do Ouro, podemos observar que na última semana tivemos um movimento importante de apreciação do ativo. O rompimento da região de 1.610 poderia abrir caminho para uma nova pernada de alta, nas próximas semanas. Por outro lado, se na semana que inicia-se, o ativo fechar cotado abaixo de 1.556, seria uma sinalização mais "baixista" para o metal precioso.
Vale comentar que à exemplo do DXY, o Ouro costuma ser um "porto seguro" para os investidores, em épocas de instabilidade nos mercados financeiros. Neste contexto, não ficaríamos surpreendidos se observássemos uma valorização expressiva do ativo, se os índices globais desvalorizarem-se.

Nesta semana teremos divulgações de resultados de diversas empresas americanas, que certamente vão influenciar na direção dos índices do mundo inteiro. Destacamos a expectativa sobre os resultados da 3M, Microsoft, Coca-Cola, Amazon, Tesla, Visa, Facebook, Caterpillar, entre outras.

Ressaltamos que todo cuidado é pouco, pois a situação da economia global ainda é frágil. Seguem alguns gráficos interessantes relacionados à economia americana:
(a) A linha em azul corresponde ao lucro das empresas nos EUA antes do imposto de renda, e a em vermelho, depois.
Temos o S&P 500 subindo 'a pleno vapor', e os lucros das empresas se comportando de maneira 'relativamente estável'. Aparentemente existe uma divergência entre preço das ações e lucro no mercado americano.

No Brasil tivemos na última 6a. feira um movimento de correção, após o mercado fazer nova máxima histórica nos 120.000 pontos.
A perda da região de 118.000 pontos poderia levar o mercado a retestar a região de 116.000 ou até mesmo os 115.000 pontos.
Geralmente a amplitude diária de variação do índice futuro do Brasil, entre máxima e mínima do dia, é de 1.500 pontos. Vamos ficar atentos à região de 115.000 pontos, pois se o mercado chegar até lá e "segurar, pode ser uma bela oportunidade de montar posições compradas, aproveitando a tendência de alta estabelecida.

O dólar futuro continua lateralizado no gráfico de 60 minutos, com suportes mais claros na região de 4160-4140 e resistências na região de 4200-4220. Somente a superação desses níveis, para cima ou para baixo, poderia nos indicar a trajetória da moeda americana, nos próximos dias. Naturalmente, não podemos esquecer que o DXY tende a influenciar a trajetória da moeda americana globalmente.

O Petróleo corrigiu intensamente na última semana e parece que irá testar a região de 53-52 dólares/bbl. Segundo a EIA (U.S. Energy Information Administration), o preço do barril WTI deve ficar neste ano um pouco acima da média de 2019, já que a demanda por petróleo deve subir um pouco acima da sua produção.

Sumarizamos abaixo o calendário econômico dessa semana trará divulgações que podem gerar bastante volatilidade nos mercados. Teremos também uma semana inteira de feriados na China, por conta das celebrações de ano novo.

Forte abraço, e....
Bora pra cima !!!
Sobre o autor: fundador do blog Metanoia Trading, começou a estudar sobre o mercado financeiro em 2004, quando participou da 2a. turma do Curso Intensivo de Análise Técnica da LS (Leandro e Stormer). Foi Diretor de Corporate Finance na PwC (PricewaterhouseCooopers) até 2016. Atualmente, além de atuar como trader autônomo, tem sua própria empresa de consultoria, onde dedica-se à assessorar processos de fusões e aquisições (M&A).