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Copom e Fed: O Que Aconteceu?

Publicado 17.06.2021, 08:41
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Nesta quarta-feira, nas reuniões do Copom e do FOMC, tivemos dois bancos centrais mais “duros” nos seus comunicados e sinais para o mercado. Embora as decisões de política de juro não tenham surpreendido, o que mobilizou foi o que foi dito, em ambos os casos, em postura mais dura, mais hawkish, diante do recrudescimento da inflação e do cenário fiscal pior, no caso brasileiro.

No Brasil, pelo comunicado, o Banco Central do Brasil retirou o termo “parcial” e cobrou do governo uma postura mais atenta no encaminhamento das reformas e na sustentabilidade fiscal. Para os diretores, “novos prolongamentos das políticas fiscais de reposta à pandemia podem elevar o prêmio de risco do País”.

Lembremos que o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto (RCN), já havia dito que a única forma de “destampar esta panela de pressão” seria avançar na vacinação, o que, no ano passado, foi ignorado pelo presidente, mais preocupado em confrontar e gerar polêmicas políticas inúteis e infantis. Para RCN, quanto mais avançássemos na vacinação, menos teríamos que gastar em políticas compensatórias. Bolsonaro, na sua capacidade de “colocar bodes da sala”, ignorou. Para o Banco Central, “o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos.”

Achamos ser essencial manter o foco nas reformas e ajustes necessários, para permitir a recuperação da economia. Sem isso, a taxa de juros estrutural se manterá elevada. Isso posto, prevemos a taxa Selic, ao fim deste ano, em torno de 6,25%, e 6,5% no ano que vem, no objetivo de trazer o IPCA a 3,5%. A pesquisa FOCUS prevê para o IPCA 5,8% neste ano e 3,5% no ano que vem.

Já o Federal Reserve manteve a taxa de juros inalterada entre 0% e 0,25%, assim como a compra de ativos financeiros de US$ 120 bilhões ao mês.

De novidade, o chairman do Fed, Jerome Powell, sinalizou que pode vir a elevar o juro a partir de 2023. Falaram os membros do FOMC, também, sobre o possível início do ciclo de redução de compra de ativos financeiros (“tapering”).

No comunicado, a inflação americana, acima das expectativas, é considerada "temporária" e isso prescreve ampla comodidade monetária por mais algum tempo. A participação do mercado de trabalho (labor force participation rate), ainda está muito baixo desde o início da pandemia, mas deve melhorar assim que os EUA reabrirem sua economia. Segundo o Fed, "estamos comprometidos em usar toda gama de instrumentos para apoiar economia americana".

Segundo o Fed, “setores mais afetados pela pandemia melhoram, mas seguem fracos". Progressos na vacinação contra covid-19 reduziram a disseminação da doença nos EUA. Para o Fed, “o caminho da economia depende da trajetória do coronavírus, em meio à vacinação, indicadores macroeconômicos se fortalecem. A inflação aumentou nos EUA, em grande parte refletindo fatores transitórios. Estamos preparados para ajustar política monetária se houver riscos aos nossos objetivos”.

Por fim, o Fed retirou do comunicado trecho que citava “tremendo impacto econômico e humano do vírus”.

Entre os diretores, dois esperavam juro entre 0,50% e 0,75% em 2022; e três esperavam juro entre 1,0% e 1,25% em 2023.

Pelas projeções do Fed, a inflação passou, em 2021 de 2,4% para 3,4%; para 2022, de 2,0% para 2,1%; 2023, de 2,1% para 2,2%; mantendo a projeção no longo prazo em 2,0%. Já no crescimento do PIB, o Fed elevou a projeção para PIB em 2021 de 6,5% para 7,0%; manteve a projeção em 2022, em 3,3%; elevou a projeção em 2023, de 2,2% para 2,4%; e manteve a projeção no longo prazo em 1,8%.

Como resposta, os mercados viraram ao longo do dia. Em Nova York, o Dow Jones fechou em queda de 0,57%; Nasdaq. -0,45%; e S&P, -0,50%. No Brasil, o Ibovespa perdeu os 130 mil pontos, em queda de 0,23%, aos 129.795. Já o dólar, em queda durante a manhã, chegando a R$ 4,99, virou a tarde, para fechar em valorização de 0,34%, a R$ 5,060, tendo chegado a R$ 5,08. Nos EUA, o indicador do dólar, o DXY, valorizou 0,34% a 90,846 pontos. Os rendimentos subiram após Fed: T-Note de 10 anos, a 0,1891%; T-Note de 10 anos, 1,5194%; e T-Bond de 30 anos, 2,2035%.

No front político, a MP da Eletrobras (SA:ELET3) segue em ritmo de discordias e desentendimentos. A votação da MP acontece nesta quinta-feira e crescem os rumores de um substitutivo para o projeto aprovado na Câmara. Os principais alvos são, justamente, os “jabutis" incluídos no texto,como a construção de gasodutos estatais.

Bons negócios!

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