Tem sido cada vez mais evidente que o mercado de ETFs está bastante aquecido, tanto aqui no Brasil, quanto lá nos EUA. É válido comentar que esta estrutura acaba simplificando a vida do investidor por permitir que ele se exponha numa cesta diversificada de ativos de um dado segmento sem ter a necessidade de montar carteira própria.
Então, um primeiro ponto que vale trazer sobre os ETFs é a questão da simplificação para os investidores. Outro ponto é justamente a questão da diversificação. Um ETF é um produto que entrega diversificação na sua essência, visto que, por meio de uma única cota o investidor consegue ter exposoção em 20, 100, 500 empresas, como é o caso do IVVB11 (BVMF:IVVB11), por exemplo, que dá exposição ao S&P 500 (índice composto pelas 500 maiores empresas dos EUA).
Além disso, os ETFs são ativos que otimizam tempo e custo. Fazer um investimento em um ETF é mais barato que investir em 10-20 ações (isso considerando uma corretora que cobre corretagem em renda variável). Os ETFs também otimização a questão da declaração de imposto de renda, já que declarar 1 ETF é muito mais simples do que declarar uma carteira de ações.
Ainda na linha dos custos, vale dizer que os ETFs não geram gasto com corretagem quando se tem giro de carteira, tal como numa carteira automatizada que alguns escritórios fomentam. Quando temos rebalanceamento no índice de referência que o ETF acompanha, o investidor não vai observar mudanças na carteira lá na corretora, a mudança é interna ao ETF.
Bom, o fato é que em 2024 estamos vendo uma boa retomada no lançamento de ETFs aqui na B3 (BVMF:B3SA3), incluindo o lançamento de 2 produtos com pagamento de dividendos mensais, o DIVD11 (BVMF:DIVD11) da Itaú (BVMF:ITUB4) Asset e o QQQI11 (BVMF:QQQI11) da Buena Vista Capital. Esses 2 ETFs se somam aos dois ETFs lançados no ano passado que começaram a estratégia de pagamento de dividendos, o NDIV11 (BVMF:NDIV11) da Nu Asset e o SPYI11 (BVMF:SPYI11) da Buena Vista. No ano de 2024 já tivemos o lançamento de 16 ETFs, um número maior que o de 2023, que contou com apenas 13 lançamentos.
Na tabela abaixo, extraída com apoio da Quantum Axis, pode-se os ETFs que foram lançados em 2024.
Perceba então que temos ETFs que pagam dividendos mensais, temos ETFs que vão dar exposição em criptomoeda (como é o caso do SOLH11 e o QSOL11 (BVMF:QSOL11) que dão exposição em Solana, por exemplo). Tem ETF pensando em exposição ao futuro de dólar, como é o caso do DOLA11 (BVMF:DOLA11) e também tem ETFs pensando em movimentos de mercado, como é o caso do LVOL11 (BVMF:LVOL11) que visa proteger o investidor de altas volatilidades e o HIGH11 (BVMF:HIGH11) que é pensado para movimentos de bull market.
Bom, se você é investidor e prefere adotar uma estratégia de simplicidade para a carteira, sugiro fortemente estudar mais sobre os ETFs e avaliar as possibilidades de alocação. Vou reforçar aqui um ponto: liquidez. Tem alguns ETFs que são muito nichados e/ou recentes que podem ter uma liquidez menor, portanto, é válido colocar esse risco na balança, principalmente se a sua movimentação mensal for grande.
Espero que este artigo tenha ficado claro e que você tenha gostado. Conta comigo nessa caminhada.